“Operador ilegal não paga imposto”, afirma Witoldo Hendrich Jr. da Abrajogo sobre alta tributação

Witoldo Hendrich Jr. declarou ao Poder360 que a elevada tributação diminui prêmios e leva apostadores ao mercado ilegal. Confira no Poder360.

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(Imagem de reprodução da internet).

Declarações de Witoldo Hendrich Jr. sobre o setor de jogos

O presidente da Abrajogo (Associação Brasileira de Defesa da Indústria do Jogo), Witoldo Hendrich Jr., afirmou, nesta quarta-feira (22.out.2025), que o aumento de impostos sobre o setor pode diminuir os prêmios e impulsionar o crescimento do mercado ilegal. Ele declarou em entrevista ao Poder360 durante o BiS Brasília, evento focado em apostas e games, que “tudo o que o governo faz para dificultar a vida do operador termina numa premiação inferior e, consequentemente, na canalização do jogador para o mercado ilegal”.

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Hendrich ressaltou que o setor enfrenta desafios significativos e sofre com a percepção errônea sobre os valores arrecadados. “A indústria do gaming faturou 50 bilhões, mas ninguém menciona que pagou 45 em prêmio”, comentou.

Aumento da alíquota e suas consequências

O presidente da Abrajogo também criticou as discussões sobre a elevação da alíquota de 12% para 18%. “Parece um número inocente, mas é 50% de aumento. Não é 12% sobre o faturamento, é 12% sobre a margem de jogo, além de todos os outros tributos que uma empresa normal paga”, explicou.

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Hendrich defendeu que o governo deve buscar maneiras de estimular o mercado legal, ao invés de aumentar a carga tributária. “Se o governo quiser aumentar a arrecadação, tem que tornar a nossa vida mais fácil. Eu ofereço mais prêmios, canalizo o jogador do ilegal para o legal e, conforme o volume aumenta, eu pago mais imposto”, afirmou.

Legalização dos cassinos e geração de empregos

O presidente da Abrajogo apoiou a aprovação do projeto que legaliza cassinos e bingos no Brasil. “Se tivermos 2.000 bingos no Brasil, alguém vai ligar para a Tramontina e pedir 1 milhão de garfos, outro vai ligar para a Tok&Stok e pedir 20.000 mesas. O colateral é brutal em geração de empregos e consumo de produtos nacionais”, disse.

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Ele acredita que a regulamentação do jogo físico traria benefícios para diversos setores da economia. “Mesmo que se tributasse de forma moderada, o país sairia ganhando. O problema é o estigma que vem desde 1947, quando o jogo foi proibido”, completou.

Combate ao jogo ilegal e responsabilidade social

Hendrich destacou que o caminho mais eficaz para combater o jogo ilegal é fortalecer os operadores regularizados. “Se me fizer competitivo, o ilegal desaparece aos poucos. Mas se me aperta e me esculacha todo santo dia, o fluxo vai cair para lá”, afirmou.

Ele também mencionou que a indústria tem atuado com responsabilidade social e mecanismos de proteção aos jogadores. “A indústria do gaming é a única que oferece a autoexclusão. Se a pessoa acha que aquilo não faz bem, ela pode sair. É do nosso interesse cuidar desse jogador, porque o efeito negativo é devastador para a comunidade”, concluiu.

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.

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