Operação Spare desbrava rede de lavagem de dinheiro do PCC em todo o país

Operação Spare: Desம்பolamento Contra o PCC no Setor de Combustíveis

A Receita Federal, o MPSP (Ministério Público de São Paulo) e a PCSP (Polícia Civil de São Paulo) iniciaram, nesta quinta-feira (25), a “Operação Spare”, uma operação focada no combate à atuação de mais de duas décadas do Primeiro Comando da Capital (PCC) no mercado de combustíveis em São Paulo.

A ação visa um dos principais operadores do grupo, Flávio Silvério Siqueira, conhecido como “Flavinho”, e seus associados, que são suspeitos de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. A operação busca desmantelar um esquema complexo que utilizava o setor formal para movimentar recursos ilícitos.

Esquema de Lavagem de Dinheiro Complexo

As investigações revelaram um esquema sofisticado que empregava postos de combustíveis, motéis, lojas de franquias e empreendimentos imobiliários como instrumentos centrais para a lavagem de dinheiro. Essa estratégia permitia o PCC disfarçar a origem ilícita dos recursos.

Alvos da Operação: Postos, Motéis e Lojas de Franquias

O principal alvo, Flávio Silvério Siqueira, está ligado a uma extensa rede de postos de combustíveis, controlados por uma única prestadora de serviços. Ao menos 200 postos estavam diretamente ligados a ele e seus associados. Além disso, a operação investiga mais de 60 motéis, muitos em nome de “laranjas”, e 98 estabelecimentos de lojas de franquias.

Bens de Alto Valor Identificados

A lavagem de dinheiro se estendia a diversos setores, resultando na identificação de bens de alto valor, incluindo um iate de 23 metros, dois helicópteros, um Lamborghini Urus, terrenos de motéis avaliados em R$ 20 milhões e imóveis específicos de R$ 1,8 milhão e R$ 5 milhões. A operação busca apreender esses bens como parte da investigação.

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Participação de Órgãos e Extensão da Operação

A “Operação Spare” cumpre 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo (19), Santo André, Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco. A operação conta com a participação de 64 servidores da Receita Federal e 28 do Ministério Público de São Paulo, demonstrando a magnitude e complexidade da investigação.