Operação Plush ataca esquema do PCC que lavava dinheiro em lojas de brinquedos na Grande São Paulo

Operação Plush realiza mandados em 4 lojas de brinquedos na Grande São Paulo e bloqueia R$ 4,3 milhões em ativos.

22/10/2025 11:07

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(Imagem de reprodução da internet).

Operação Plush: Gaeco e Polícia Civil Combatem Esquema do PCC

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em parceria com a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda, deflagrou nesta quarta-feira (22.out.2025) a operação Plush. A ação visa desmantelar um esquema do PCC (Primeiro Comando da Capital) que utilizava lojas de brinquedos em shoppings para lavagem de dinheiro.

Durante a operação, foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça. Quatro desses mandados foram executados em estabelecimentos comerciais localizados em shopping centers. Segundo informações, os locais estão no Shopping Center Norte, Shopping Mooca, Shopping Internacional de Guarulhos e um outro em Santo André.

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Materiais Apreendidos e Alvos da Operação

Os materiais apreendidos serão enviados ao Gaeco para auxiliar nas investigações em andamento, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A operação não tem como foco os shoppings, mas sim as lojas que operam em seu interior. A rede de franquias a que essas lojas pertencem também não está sob investigação.

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As autoridades conseguiram autorização judicial para bloquear bens e valores que somam R$ 4,3 milhões. Esses recursos visam garantir a futura reparação de danos, além do pagamento de custas processuais e penas pecuniárias.

Ligação com Claudio Marcos de Almeida

A investigação apontou que o esquema estava vinculado a Claudio Marcos de Almeida, conhecido como “Django”. Ele era responsável pela comercialização de entorpecentes em grande escala e pelo fornecimento de armamento pesado para a facção criminosa. Django foi morto em janeiro de 2022 durante disputas internas da organização.

Após sua morte, a ex-companheira e a ex-cunhada de “Django” assumiram as operações ilícitas. As duas mulheres, sem ocupação lícita declarada, investiram recursos significativos para abrir 4 lojas de uma rede de franquias especializadas em brinquedos infantis, principalmente pelúcias, o que inspirou o nome da operação.

O nome de “Django” já havia sido mencionado em abril de 2024 na operação Fim da Linha, onde foi identificado como um dos principais cotistas da UPBUS, uma empresa de transporte por ônibus que operava na capital e, segundo as investigações, era utilizada por membros do PCC para legalizar recursos de origem ilícita.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.