Operação do MP investiga quadrilha internacional por fraudes virtuais
Uma das empresas principais utilizadas no esquema foi aberta por um oficial da polícia civil.

A Promotoria de São Paulo denunciou uma organização internacional que operava um esquema de fraudes online e lavagem de dinheiro, com movimentação de aproximadamente 480 milhões de reais. A apuração começou com o registro de ocorrência de uma vítima que sofreu perdas na ordem de 30 mil reais.
Na investigação, liderada pelo delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, foi detectado o servidor empregado para as transações, localizado na Turquia, e diversas operações financeiras com empresas de caráter fictício.
A principal empresa utilizada para movimentar valores foi aberta por um policial civil, que foi preso no domingo (14) em razão de uma investigação da Corregedoria da Polícia Civil.
Leia também:

Ex-delegado foi assassinado por tiro de fuzil na região costeira; veículo perdeu o controle

Ex-chefe da Polícia Civil é assassinado em Praia Grande, litoral de SP

Mulher e filho sequestrados por homem em hospital de Mauá; assista à ação
Segundo o MPSP, o grupo contava com indivíduos que consentiram em compartilhar seus dados pessoais para a criação de contas bancárias, utilizadas para receber os valores obtidos nos golpes. O dinheiro era então transferido para empresas fictícias e, posteriormente, para fintechs, em um esquema de lavagem com o propósito de retornar os recursos à economia formal.
Em 27 de agosto, iniciou-se a Operação Cineris, que incluiu a execução de mandados de prisão e de busca e apreensão referentes ao caso. Foram emitidos seis mandados de prisão, sendo quatro deles cumpridos com a detenção dos acusados.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os investigadores identificaram que o cenário das fotografias empregadas para criar as contas era uniforme, e que a localização dos telefones celulares utilizados também apresentava padrões semelhantes, sugerindo a atuação coordenada com os fraudadores.
A investigação da Polícia Civil revelou que outras pessoas foram vítimas de fraudes, perpetradas por criminosos que se passavam por agentes de assistência social, obtendo dados e imagens de moradores em troca de promessas de valores e cestas básicas para famílias afetadas pelas inundações.
De acordo com o MPSP, os indivíduos considerados vítimas serão removidos do processo.
As investigações indicam que o grupo movimentou cerca de 480 milhões de reais. O inquérito permanece em curso.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.