A ONG Human Rights First declarou que a aplicação da Lei Magnitsky em relação a Alexandre de Moraes, ministro do STF, indica que o governo de Donald Trump almeja a “impunidade de aliados políticos próximos”.

Adam Keith, diretor sênior de responsabilização da Human Rights First, declarou que Trump “deixou claro que está disposto a iniciar uma guerra comercial e outras medidas extremas para proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro do escrutínio” relacionado ao ataque de 8 de janeiro.

Adicionalmente, o governo está incorporando à política externa dos EUA a ideia de que qualquer iniciativa de responsabilização que impacte qualquer um dos aliados políticos do presidente Trump deve ser desconsiderada e interrompida.

Bolsonaro será julgado por suposta tentativa de golpe de Estado após perder as eleições presidenciais de 2022. Ele foi acusado de cinco crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio tombado.

O Departamento do Tesouro americano justifica a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes ao afirmar que o ministro do STF “visa atores políticos da oposição”, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro; jornalistas; jornais; plataformas de mídia social dos EUA; e outras empresas americanas e internacionais.

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Ademais, Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que o juiz praticou “abuso grave de direitos humanos”.

Em uma nota, a Human Rights First solicitou que o Congresso americano realize o acompanhamento da aplicação da Lei Magnitsky e que exerça pressão sobre o governo para “reverter a situação”.

Finalmente, o texto apela para que os parlamentares promovam uma agenda contra a corrupção e a favor dos direitos humanos consistente, em vez de empregar a influência dos Estados Unidos para defender a impunidade em nações que buscam enfrentar sérios abusos de poder.

A Human Rights First surgiu em 1978, com o propósito de assegurar que os Estados Unidos liderem globalmente na defesa dos direitos humanos, atuando tanto no território americano quanto em outros países para fomentar o respeito a este tema e ao Estado de Direito.

Fonte por: CNN Brasil