As alterações climáticas provocadas por ações humanas multiplicaram por três o número de óbitos na onda de calor que afetou a Europa entre 23 de junho e 2 de julho de 2025. É o que aponta uma análise publicada nesta terça-feira (9.jul.2025) por cientistas da London School of Hygiene & Tropical Medicine e da Imperial College London.
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Pesquisadores apontam que aproximadamente 2.300 indivíduos faleceram devido a temperaturas extremas observadas durante o período, o que representa um aumento de três vezes em relação ao número de mortes sem a influência das mudanças climáticas causadas pelo ser humano (800 mortes).
A análise utilizou dados de 12 cidades europeias, integrando registros de temperatura, modelagem climática e informações sobre mortalidade. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que as condições climáticas extremas previstas para 2025 poderiam ser evitadas em um cenário sem emissões humanas de gases de efeito estufa.
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Em meio às cidades avaliadas, Milão (Itália) contabilizou o maior volume de óbitos estimados, atingindo 317. Já Madri (Espanha) apresentou a maior porcentagem de mortes relacionadas ao calor extremo, com 90% dos casos associados à influência das mudanças climáticas. Em termos gerais, indivíduos com 65 anos ou mais constituíram 80% dos óbitos.
Estudos indicam que as ondas de calor estão se tornando mais frequentes, intensas e perigosas devido ao avanço do aquecimento global. As projeções sugerem que os efeitos das mudanças climáticas já elevaram a temperatura das ondas de calor na Europa entre 1 e 4 graus Celsius.
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Fonte por: Poder 360