A onda de calor no Brasil faz milhões recorrerem ao ar-condicionado, mas o uso inadequado pode elevar a conta de luz. Descubra dicas de eficiência!
A onda de calor que afeta várias regiões do Brasil tem levado milhões de pessoas a utilizarem ar-condicionado como forma de amenizar as altas temperaturas. Contudo, o uso inadequado desses aparelhos pode resultar em um consumo elevado de energia elétrica, impactando diretamente na conta de luz.
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Em entrevista ao Live CNN, Fernando Perrone, diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), destaca que o ar-condicionado deixou de ser um item de luxo e se tornou essencial para o conforto da população, especialmente durante os períodos de calor intenso.
Ele recomenda que o equipamento seja ajustado para uma temperatura em torno de 23 °C, que proporciona conforto ao ambiente.
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Perrone sugere que o ideal é refrigerar o ambiente antes de utilizá-lo, como em um quarto onde se pretende dormir. Essa abordagem permite um resfriamento gradual, evitando o uso de potência máxima em um curto período, o que pode aumentar significativamente o consumo de energia.
A manutenção regular dos filtros do ar-condicionado é outro aspecto importante mencionado pelo especialista. “Limpar os filtros regularmente melhora o desempenho do equipamento”, afirma Perrone. Ele também recomenda que os aparelhos sejam mantidos em locais bem isolados e protegidos da luz solar direta para evitar aquecimento desnecessário.
Perrone alerta sobre o erro comum de ajustar a temperatura para valores muito baixos, como 18 °C, na tentativa de resfriar rapidamente um ambiente quente. “Aumentar a potência para uma refrigeração mais intensa em um curto espaço de tempo resulta em um consumo energético muito maior”, explica.
O diretor do INEE enfatiza a importância de adquirir equipamentos com o selo Procel de eficiência energética. “O Procel, que possui 40 anos, é um aliado importante para o consumidor de energia elétrica”, destaca.
Um dado preocupante apresentado por Perrone é que as edificações brasileiras – residenciais, comerciais e públicas – consomem cerca de 52% da energia elétrica gerada no país. Deste total, o ar-condicionado representa aproximadamente 47% do consumo no setor comercial e mais de 30% no residencial.
“Esse número tende a aumentar à medida que mais pessoas adquirirem ar-condicionado para enfrentar as ondas de calor, que têm se tornado frequentes devido às mudanças climáticas”, alerta Perrone. Como alternativa para manter o conforto térmico, ele sugere combinar o uso do ar-condicionado com ventiladores de teto, que ajudam a circular o ar refrigerado, reduzindo a necessidade de manter o aparelho ligado constantemente.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.