Oito indivíduos foram julgados culpados por desviar recursos do Instituto Nacional do Seguro Social no valor de 117 milhões de reais

O Ministério Público e a Polícia Civil investigaram e processaram um grupo que utilizava idosos em um esquema familiar para cometer fraudes em Pernambuc…

18/07/2025 18:49

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Oito indivíduos foram julgados culpados por desviar recursos do Instituto Nacional do Seguro Social no valor de 117 milhões de reais
(Imagem de reprodução da internet).

A Justiça Federal em Pernambuco condenou oito membros de uma organização criminosa responsável por fraudes milionárias contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O grupo, composto por três núcleos familiares no município de Águas Belas no Agreste, empregava documentos falsos e recrutava “idosos de aluguel” para obter benefícios previdenciários de maneira ilícita.

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A quadrilha atuou por sete anos, de 2016 a 2023, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 117 milhões para o governo, através da concessão de no mínimo 727 vantagens indevidas. A maior concentração ocorreu em Garanhuns e na Ilha de Itamaracá.

A sentença foi determinada pelo juiz federal Felipe Mota Pimentel de Oliveira. A decisão apresenta os detalhes da atuação do grupo, identificado após um acidente envolvendo uma mulher na fraude.

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A mulher, que estava sendo utilizada para efetuar retiradas como se fosse dona de um benefício falso, faleceu em um acidente automobilístico no caminho para uma agência bancária em Vitória de Santo Antônio, acompanhada por dois dos envolvidos no caso.

A investigação demonstrou a ligação entre dispositivos móveis de acesso, e-mails e identidades falsas que vinculavam os acusados, todos parentes, a um esquema de benefícios obtidos de maneira irregular. “A estrutura da organização criminosa se mostra estável e com divisão clara de tarefas”, ressaltou o magistrado, ao qualificar a atuação do grupo como uma organização criminosa em sua acepção técnica e legal.

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Indivíduos julgados por delitos como estelionato previdenciário, falsificação de documentos públicos, corrupção de menores e envolvimento em organizações criminosas foram identificados como:

Chirllan Leandro Pedrosa – 18 anos e 8 meses de prisão

Safira Pedrosa Santos, que utilizava o nome falso Luciana Leandro da Silva – 14 anos e 10 meses.

Jéssica Pedrosa Santos, 14 anos e 5 meses.

José Luiz dos Santos, 13 anos e 1 mês.

José Augusto Ferreira da Silva, 12 anos e 8 meses.

Erick Leandro Ramos, com 10 anos e 10 meses.

Margarida Letycia dos Santos Gomes, 10 anos e 10 meses.

O juiz também ordenou que o grupo arque com o pagamento de R$ 117.185.952,38 ao INSS, correspondente aos danos gerados pelo esquema. Os réus têm a possibilidade de recorrer da decisão, inicialmente, sob liberdade.

A sentença também aponta agravantes, como a corrupção de menores, com o uso de um adolescente, filho de dois dos réus, em parte das ações criminosas. “A conduta de corromper e utilizar o próprio filho como instrumento do crime ultrapassa os limites da reprovabilidade penal comum”, registrou o juiz.

O grupo iniciou-se em fevereiro de 2023, em decorrência da Operação Grife, conduzida pela Polícia Federal. A operação executou mandados de prisão e buscas em Recife, Igarassu, Garanhuns e Águas Belas. O trabalho foi realizado com o apoio de servidores do Ministério da Previdência Social.

A CNN tenta contato com os advogados dos acusados.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.