O Tribunal de Justiça da França investiga Mbappé em relação a cheques entregues a policiais
De acordo com um jornal, os cheques do capitão da seleção poderiam ter sido utilizados para “pagar serviços privados de forma discreta”.

O Ministério Público informou, por meio da AFP, na quinta-feira, 17, que o Ministério da Justiça da França iniciou uma investigação após uma denúncia sobre cheques que podem ter sido emitidos irregularmente pelo astro Kylian Mbappé a cinco policiais de choque responsáveis pela proteção de seleções francesas de futebol.
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O Ministério Público, confirmando uma reportagem do grupo M6/RTL, informou que instaurou uma investigação após uma denúncia do Tracfin [serviço de inteligência francês responsável pelo combate à lavagem de dinheiro] em julho de 2024, que apontou transações financeiras atípicas que beneficiavam cinco policiais e três agentes de segurança privada.
A DNE (Divisão Nacional de Investigação – Inspetoria Geral da Polícia Nacional) foi designada para conduzir uma investigação judicial sobre acusações de trabalho secreto e lavagem de dinheiro por fraude fiscal, informou o Ministério Público de Paris. A IGPN é o órgão responsável por investigar a polícia.
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Uma reportagem do jornal francês Le Canard Enchaîné, publicada na quarta-feira, aponta que os cheques do capitão da seleção francesa poderiam ter sido utilizados para “pagar serviços privados em segredo” para policiais, no valor de 180.300 euros (cerca de 1,15 milhão de reais à taxa de câmbio atual).
O círculo do jogador do Real Madrid respondeu em nota que “tudo foi feito em conformidade com as regras” e “sem qualquer pagamento”.
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Desde que integrou a seleção francesa, Kylian Mbappé sempre escolheu transferir integralmente seus bônus da seleção.
Após a Copa do Mundo de 2022, agiu com total transparência, tanto para as associações quanto para todos os agentes de segurança que acompanhavam a seleção francesa, oito pessoas, incluindo vários policiais de choque designados para a FFF, a Federação Francesa de Futebol.
A Agência France-Presse contatou seu advogado, Jean-Baptiste Soufron, que se recusou a comentar.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.