A Justiça da Argentina determinou na segunda-feira 1º o encerramento da divulgação de áudios “gravados ilegalmente” da irmã do presidente Javier Milei, Karina Milei, e publicados pela mídia, em uma ação que o governo classificou como “operação de inteligência ilegal”.
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A decisão acompanha um pedido do governo em reação a informações divulgadas pela mídia, em que Karina Milei declara: “Não podemos nos envolver em discussões internas. Precisamos permanecer unidos”.
A parte restante da gravação, supostamente de 50 minutos, não foi divulgada publicamente.
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O governo afirma que Karina Milei foi gravada “ilegalmente na Casa Rosada”, conforme comunicou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, no X.
A decisão judicial de Adorni determina que se interrompa a divulgação apenas dos áudios gravados na Casa do Governo, atribuídos a Karina Milei, por qualquer meio.
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O caso se soma ao escândalo após a divulgação, em 19 de agosto, de outros áudios nos quais o então titular da agência de Deficiência, Diego Spagnuolo, garante que a irmã do presidente recebia 3% das compras de medicamentos para deficientes.
O antigo empregado relata, em áudios, que alertou Javier Milei sobre a suposta trama de sua irmã e secretária da Presidência.
A segunda-feira também viu o Ministério da Segurança Pública solicitar o mandado de busca e apreensão contra o canal de streaming Carnaval Stream, juntamente com jornalistas e empresários ligados a esse meio, onde foram divulgados pela primeira vez os áudios de Karina Milei e os de Spagnuolo.
O Judiciário ainda não se pronunciou sobre essa solicitação nem determinou prisões.
A publicação dos áudios de Spagnuolo provocou uma acusação judicial que levou à emissão de mais de 20 mandados de busca e apreensão.
Karina Milei não se pronunciou publicamente sobre o assunto, enquanto Javier Milei rejeitou as acusações. “Tudo o que ele [Spagnuolo] afirma é mentira, vamos acionar a Justiça e comprovar a falsidade”, declarou na última quarta-feira durante um evento de campanha em que manifestantes arremessaram pedras contra sua equipe.
Fonte por: Carta Capital