O termo “fracasso” e a expressão “flopeu” foram utilizados por membros do governo para ironizar a ação de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista

Apesar de não ter reconhecido a baixa participação no evento, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, mencionou “futebol” e “fim de mês” como elem…

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SP - ATO/BOLSONARO/JUSTIÇA/GOLPE - POLÍTICA - Ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro aconteceu neste domingo (29) na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação com o tema - Justiça Já - foi organizada pelo pastor Silas Malafia no objetivo de pressionar contra o julgamento de Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022, no Supremo Tribunal Federal. Na foto, manifestantes durante o ato. 29/06/2025 - Foto: VINCENT BOSSON/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Evento de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista recebe baixa participação

Apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) zombaram nas redes sociais do evento com pouca participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista. Com um público estimado em 12,4 mil pessoas, segundo um projeto vinculado à Universidade de São Paulo (USP), a caminhada teve a menor participação desde o término do mandato do ex-presidente.

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O ministro Paulo Teixeira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, ironizou uma declaração de Bolsonaro durante o interrogatório ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Apenas 12 mil ‘loucos’ comparecem à avenida paulista para se despediir do futuro preso”, afirmou o ministro. “Afinal, os demais não quiseram aceitar a condição de ‘loucos’ como o próprio inelegível os definiu.”

Em 10 de junho, Jair Bolsonaro se dirigiu aos manifestantes que pediam intervenção militar em frente aos quartéis, utilizando termos como “malucos”. A deputada federal Janjira Feghali (PCdO-RJ) classificou o evento de “fracasso retumbante”. A parlamentar afirmou em publicação no X (antigo Twitter) que o evento aparentou ser um último suspiro de um bolsonarismo em dificuldades, com ataques vazios, público reduzido e aliados desorganizados.

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“Parece que ‘flopou’ de novo, né?”, ironizou o presidente interno do PT, o senador Humberto Costa (PE). Nas redes sociais, o termo “flop” é sinônimo de performance abaixo das expectativas. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), compartilhou uma imagem aérea do ato com o público disperso e afirmou que a fotografia mostra “o bolsonarismo passando vergonha mais uma vez”.

Para o deputado federal Ivan Valenti (PSOL-SP), “passou vergonha” tanto Bolsonaro quanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O aliado do ex-presidente esteve presente no evento e, em seu discurso, solicitou “anistia e pacificação”. A fala do governador incluiu críticas ao PT e sugeriu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro em 2026, mesmo que o ex-presidente esteja inelegível.

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Apesar de não ter reconhecido a baixa participação no evento, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), mencionou “futebol” e “fim de mês” como elementos a serem considerados na presença do público na manifestação.

“Pode haver futebol, pode ser o final do mês, pode ser qualquer coisa. Eu desafio a esquerda brasileira a mobilizar 10% da quantidade de pessoas que estão aqui hoje”, declarou o deputado em entrevista a jornalistas. No domingo, 29, o Flamengo jogou contra o Bayern de Munique pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes em horário simultâneo ao evento na Paulista.

Com informações do Estadão, publicado por Fernando Dias.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.

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