O suicídio de Epstein não envolve uma “lista de clientes”, informam autoridades dos EUA
A declaração contrasta com a promessa do presidente Donald Trump, que antes mencionou a disponibilização de documentos governamentais sobre o financista.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pretende anunciar nesta segunda-feira (7) que não há evidências de que Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual, possuía uma “lista de clientes” ou que foi assassinado, informou uma fonte da CNN.
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Isso desafiaria declarações do presidente Donald Trump, que antes mencionou a liberação de mais documentos governamentais, além de ir contra diversos anos de teorias da conspiração que se espalharam na internet.
O Departamento de Justiça não pretende divulgar novos documentos sobre o assunto. O portal Axios foi o primeiro a noticiar detalhes da decisão do Departamento de Justiça e do FBI, a agência federal de investigações dos EUA.
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O departamento também divulgou 10 horas de imagens de segurança da prisão que demonstram que ninguém acessou a cela de Epstein no dia em que ele cometeu suicídio.
Figuras da mídia de direita apontam que o governo americano tem mantido informações sobre Epstein, que cometeu suicídio em 2019 durante o processo judicial por acusações federais de tráfico sexual.
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Alguns desses indivíduos insistiram, com entusiasmo, na alegação de que Epstein mantinha uma “lista de clientes” como forma de chantagem contra figuras poderosas que ele ajudou a cometer crimes semelhantes.
Após ser nomeada procuradora-geral dos EUA no início deste ano, Pam Bondi rapidamente adotou essas teorias. Ela chegou a declarar em uma entrevista em fevereiro na Fox News que uma lista de clientes estava “em cima da minha mesa agora mesmo para ser revisada”.
“Esta foi uma diretriz do presidente Trump. Estou revisando isso”, ressaltou.
Em seguida, em parceria com a Casa Branca, o Departamento de Justiça divulgou uma série de documentos referentes à investigação de Epstein, sendo que a maior parte já está disponível ao público.
Os Estados Unidos contataram influenciadores para coletar informações diretas sobre os documentos na Casa Branca, e imagens daquele dia revelam essas pessoas deixando o local com pastas brancas identificadas como “Arquivos Epstein: Fase 1”.
Bondi garantiu que mais informações seriam divulgadas, e agentes do FBI – muitos dos quais são designados para trabalhar em questões de segurança nacional – receberam ordens para trabalhar 24 horas por dia em um esforço frenético para revisar documentos e outras evidências para divulgação pública.
Em pouco tempo, o departamento cessou o anúncio da divulgação, o que provocou que várias pessoas “transbordassem” as redes sociais do Departamento de Justiça e do FBI com solicitações de novas informações.
O diretor do FBI, Kash Patel, e o vice-diretor Dan Bongino, que haviam questionado publicamente a investigação anteriormente, começaram a mencionar em entrevistas que não havia evidências de que Epstein tivesse sido assassinado.
Bongino afirmou em maio que o vídeo da prisão, agora divulgado na internet, é “óbvio como o dia”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.