O rei da Espanha, Felipe VI, condenou o “sofrimento indizível” dos palestinos em Gaza durante uma visita ao Egito nesta semana, uma rara repreensão pública da monarquia europeia que normalmente evita intervenções políticas.

Ele afirmou que o incidente mais recente desse conflito, originado pelo ataque terrorista contra Israel há quase dois anos, gerou consequências extensas e uma reação com grande número de vítimas, resultando em uma crise humanitária extrema, no sofrimento incalculável de centenas de milhares de pessoas desarmadas e na destruição completa de Gaza.

A Espanha e o Egito visam promover a coexistência pacífica, o diálogo e a reconciliação no Oriente Médio.

Apesar do rei geralmente adotar uma posição mais neutra em diversas questões, o governo espanhol tem demonstrado crescente apoio a Gaza e sua condenação às ações militares de Israel durante a guerra.

Em 2024, Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram oficialmente o Estado Palestino, um avanço notável que outros países, incluindo Canadá, França e Reino Unido, também pretendem adotar.

Leia também:

Trump sinaliza possível intervenção militar na Venezuela e suas graves implicações

Venezuela reprova bloqueio de Donald Trump e classifica ação como “ameaça grotesca”

A Nova Doutrina Americana: Implicações Globais e o Foco no Hemisfério Ocidental

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também criticou as ações de Israel no conflito contra o Hamas, descrevendo-as como “extermínio de um povo vulnerável” em março, conforme reportado pela agência de notícias independente Associated Press. Israel reagiu bloqueando a entrada de dois ministros espanhóis ao país.

A Espanha solicitou a saída do embaixador israelense em Madri logo no início da semana, após o ministro das Relações Exteriores de Israel ter descrito o então primeiro-ministro Sánchez como “antissemita e mentiroso”.

Fonte por: CNN Brasil