O promotor de justiça Oruam justifica a prisão do MC Poze, que está sob suspeita de incitar a prática de crimes
Rapper afirma que funkeiro “canta em baile de favela”; polícia aponta indícios de financiamento do CV para o show.

O rapper Oruam demonstrou apoio a MC Poze do Rodo, que foi preso na manhã desta 5ª feira (29.mai.2025) pela Polícia Civil no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, sob suspeita de apologia ao crime e possível ligação com o CV (Comando Vermelho).
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Os pesquisadores relatam que o artista de funk se apresenta unicamente em áreas controladas pela facção. Adicionalmente, há evidências de que seus eventos são financiados pelo CV para fortalecer financeiramente a organização, através do incremento do consumo de drogas nas comunidades.
Oruam censurou a ação policial ao comentar imagens do funkeiro algemado. “Maior covardia. Olha o que eles fazem com ele. Vai tomar no c*. O Estado gosta de envergonhar nós”, declarou o rapper nas redes sociais.
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Não era necessário aquilo [algemas]. O indivíduo é exemplo para muitas pessoas. Todos sabem que isso é mentira. Ele é cantor. Canta em baile de favela. Não está envolvido com facção nenhuma, com todo respeito. A maior covardia reside nisso, completou.
Assim como MC Poze do Rodo, Oruam também está sob investigação pela polícia por apologia ao crime, juntamente com outros artistas do Rio, como Orochi, Cabelinho e suas gravadoras.
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O filho de Martinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho – que está preso desde 1996 – recorrentemente defende que sua prisão é injusta.
Outras prisões do MC Poze do Rodo
Não é a primeira vez que MC Poze é preso. Ele foi detido em 2019 durante um baile em Sorriso, em Mato Grosso, sob suspeita de tráfico. Em 2024, o funkeiro foi detido novamente, alvo de uma operação contra fraudes em rifas nas redes sociais.
Fonte: Poder 360
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.