O promotor afirma que Diddy foi “líder de organização criminosa” e empregou “poder e violência” para encobrir delitos

Sentado ao lado da promotora, Diddy permanecia inexpressivo; caso seja declarado culpado das alegações de associação criminosa e tráfico sexual, ele pod…

26/06/2025 21:37

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O promotor afirma que Diddy foi “líder de organização criminosa” e empregou “poder e violência” para encobrir delitos
(Imagem de reprodução da internet).

O rapper Sean “ Diddy ” Combs utilizou o “poder, a violência e o medo” como líder de uma organização criminosa com décadas de existência, afirmou nesta quinta-feira (26) a promotora durante os argumentos finais do julgamento midiático do artista por associação criminosa e tráfico sexual. “Ele contava com o silêncio e a vergonha para ocultar seus crimes”, denunciou a promotora Christy Slavik, que busca deixar claro aos 12 jurados que decidiram o destino da magnata da música os motivos pelos quais ele foi acusado e julgado durante quase dois meses.

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Sentado atrás da promotora, Diddy, de 55 anos, ouvia impassível, embora ocasionalmente enviasse pedidos para seus advogados. Se for considerado culpado das acusações de associação criminosa e tráfico sexual, ele poderá passar o resto da vida na prisão. A promotoria iniciou um resumo com base em horas de depoimentos de 34 testemunhas, milhares de páginas de mensagens de texto, gravações telefônicas e vídeos de sexo explícito exibidos durante mais de sete semanas de julgamento.

Ele utilizou o poder, a violência e o medo para alcançar seus objetivos, acrescentou. Para isso, afirmou, recorreu a tenentes leais, nenhum dos quais prestou depoimento no julgamento, para ocultar seus crimes, incluindo trabalho forçado, prostituição, suborno e manipulação de testemunhas. “Não aceitava um ‘não’ como resposta”, completou a promotora, antes de lembrar que o fundador da gravadora Bad Boy Records “se tornou mais poderoso e mais perigoso graças ao apoio de seu círculo íntimo e de seus negócios”.

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Slavik esclareceu ao júri que este caso não versa sobre criminalizar práticas sexuais não convencionais. “Não se trata, de forma alguma, de livre escolha”, declarou. As mulheres envolvidas nas suas orgias sexuais selvagens estavam “drogadas, cobertas de óleo, com dor e exaustas”, enquanto Combs as obrigava a manter relações sexuais com trabalhadores do sexo por horas e, às vezes, dias, afirmou.

A promotoria alega que o músico que popularizou o hip hop forçou duas mulheres – a cantora Casandra “Cassie” Ventura e, posteriormente, outra mulher que atuou sob pseudônimo – a manterem relações sexuais sob efeito de drogas com acompanhantes pagos. Ambos mantiveram relacionamentos com Diddy, que permanece detido desde setembro, após Cassie apresentar uma denúncia contra ele em 2023 por agressão sexual e estupro, posteriormente retirada após um acordo financeiro com o rapper.

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Após Cassie, outras vítimas também relataram ocorrências, o que resultou em sua acusação criminal. Uma acusação mais séria, de associação criminosa, pode levar Diddy à prisão perpétua, caso seja considerado culpado. O rapper também enfrenta acusações de agressão, tráfico sexual e duas de transporte com fins de prostituição.

Combs, que se decidiu a depor em sua defesa, negou tudo. Seus advogados afirmaram que os relacionamentos do artista foram consensuais e tentaram convencer o júri de que muitas testemunhas o acusaram de interesse financeiro ou vingança. Diversas ilustrações demonstraram sofrimento por parte das supostas vítimas. Contudo, várias mensagens também revelaram afeto e desejo, o que a defesa enfatizou repetidamente. Após a conclusão dos argumentos finais, provavelmente na sexta-feira, o júri se retirará para deliberar.

Com informações da AFP Publicado por Carolina Ferreira

Fonte por: Jovem Pan

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.