Aliança é reduzida a 60 cadeiras após partido ortodoxo se retirar devido a discordâncias sobre imunidade parlamentar.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), perdeu a maioria no Knesset, o Parlamento israelense, após a saída do partido ortodoxo Shas de sua coalizão. A decisão foi comunicada na quarta-feira (16.jul.2025) e diminuiu o grupo governamental para 50 dos 120 assentos. A organização afirmou que manterá o apoio a Netanyahu, porém sem fazer parte oficialmente do bloco governista.
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A saída ocorreu devido a discordâncias relativas à isenção do serviço militar para homens ortodoxos – denominados haredim – incluindo membros do Shas. O partido decidiu deixar o governo após não conseguir atender às suas exigências sobre o tema.
O ministro do Gabinete do Shas, Michael Malkieli, declarou que é impossível fazer parte do governo, afirmando que a decisão é do partido. As informações são da Associated Press.
A saída ocorreu um dia após a UTJ (Judaísmo Unido da Torá), outro partido ortodoxo, anunciar sua retirada da base governamental. As duas decisões estão ligadas à mesma controvérsia acerca de isenções militares.
A alteração impacta diretamente Netanyahu, que observa sua base de apoio parlamentar diminuir, ainda que o Shas tenha declarado que continuará apoiando o grupo político do primeiro-ministro. O partido também declarou que não votará a favor de uma possível moção para derrubar Netanyahu.
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Com a saída dos dois partidos, a coligação liderada por Netanyahu passa a contar com menos de 30% dos assentos da Knesset, o que dificulta a aprovação de projetos governamentais.
Netanyahu deve usar o período das férias parlamentares israelenses, que duram três meses e iniciam em julho, para encontrar uma solução antes que a perda de apoio político comprometa sua posição.
A questão das isenções militares para estudantes ortodoxos é um tema relevante na política israelense. Líderes judeus ortodoxos defendem que a dedicação integral aos estudos das escrituras sagradas é importante e temem que os jovens se afastem da vida religiosa se forem convocados para o Exército.
Alguns cidadãos consideram injusta a isenção, notadamente diante dos conflitos que o país enfrenta em diversas frentes.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.