O primeiro-ministro da Índia afirmou que o país está dedicado a fortalecer as relações com a China

O discurso do primeiro-ministro indiano ocorreu durante o encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping.

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(Imagem de reprodução da internet).

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, declarou estar comprometido em reforçar os vínculos com a China em uma reunião fundamental com o presidente Xi Jinping neste domingo (31), quando ambos os líderes abordaram a importância de ampliar os acordos comerciais e os investimentos, considerando as medidas protecionistas dos Estados Unidos.

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O presidente está na China pela primeira vez em sete anos para participar de uma reunião de dois dias da Organização de Cooperação de Xangai, junto com o presidente russo, Vladimir Putin, e outros líderes da Ásia Central, do Sul e do Sudeste Asiático e do Oriente Médio.

O encontro bilateral aconteceu cinco dias após Washington aplicar tarifas punitivas de 50% sobre produtos indianos em razão das compras de petróleo russo por Nova Délhi. Especialistas indicam que Xi e Modi procuram demonstrar uma posição convergente contra a pressão ocidental.

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O ministro declarou que Índia e China almejam autonomia estratégica e que seus vínculos não devem ser avaliados sob a ótica de outro país, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Índia sobre o encontro.

Os líderes conversaram sobre a importância de seguir uma direção política e estratégica para ampliar os laços comerciais e de investimento entre os dois países e diminuir o déficit comercial da Índia com a China, segundo a declaração.

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Os líderes também trataram da expansão de pontos em comum em questões bilaterais, regionais e globais, além de desafios como terrorismo e comércio justo em plataformas multilaterais, segundo a declaração indiana.

O primeiro-ministro Modi afirmou ao presidente Xi, durante o encontro à margem da cúpula, que a Índia está comprometida em avançar nas relações com base no respeito mútuo, na confiança e na sensibilidade.

A questão da fronteira.

O ministro declarou que um clima de “paz e estabilidade” foi estabelecido na fronteira contestada com o Himalaia, região marcada por um longo impasse militar após confrontos mortais entre tropas em 2020, que paralisaram a maioria das áreas de cooperação entre os adversários estratégicos, detentores de armas nucleares.

Foi alcançado um acordo entre os dois países sobre a gestão da fronteira, sem fornecer detalhes. Os vizinhos compartilham uma fronteira de 3.800 km mal demarcada e disputada desde a década de 1950.

“Não devemos… permitir que a questão da fronteira determine a relação geral entre China e Índia”, declarou Xi, conforme divulgado pela agência de notícias estatal chinesa, Xinhua.

Os vínculos entre China e Índia poderiam ser estáveis e de longo prazo, se ambas as partes se vissem como parceiros, em vez de rivais, acrescentou Xi.

Os dois líderes realizaram uma reunião crucial na Rússia no ano passado, após estabelecerem um acordo de patrulhamento de fronteiras, o que provocou um alívio temporário nas relações, que se intensificou nas últimas semanas, à medida que Nova Délhi busca-se proteger-se contra novas tarifas impostas por Washington.

O primeiro-ministro afirmou que os voos diretos entre os dois países, que estavam suspensos desde 2020, seriam retomados, sem indicar uma data específica.

A China decidiu adiar as restrições à exportação de terras raras, fertilizantes e máquinas de perfuração de túneis neste mês, em decorrência de uma visita relevante à Índia do ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.

A China se opõe às tarifas elevadas impostas por Washington e apoiará firmemente a Índia, declarou Xu Feihong, embaixador chinês na Índia, em março.

Durante décadas, Washington desenvolveu laços com Nova Deli na expectativa de que ela atuasse como um freio a Pequim.

Nos últimos meses, a China autorizou que peregrinos indianos visitassem locais hindus e budistas no Tibete, e ambos os países suspenderam as restrições mútuas de vistos de turismo.

Manoj Kewalramani, especialista em relações sino-indianas da Takshashila Institution, em Bengaluru, afirmou que tanto a Índia quanto a China estão envolvidas em um processo longo e tenso para estabelecer um novo equilíbrio no relacionamento entre os dois países.

Ainda assim, diversos problemas antigos persistem no relacionamento.

A China é o principal parceiro comercial da Índia, porém o déficit comercial histórico alcançou a marca de 99,2 bilhões de dólares neste ano.

A construção de uma grande barragem na China, no Tibete, levantou preocupações sobre o deslocamento em larga escala de água, que poderia diminuir o fluxo do rio Brahmaputra em até 85% na estação seca, de acordo com estimativas do governo indiano.

A Índia também abriga o Dalai Lama, o líder espiritual budista tibetano exilado, que Pequim considera uma perigosa influência separatista. O arqui-rival da Índia, o Paquistão, também se beneficia do sólido apoio econômico, diplomático e militar da China.

Fonte por: CNN Brasil

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