Manifestação ocorre dias após presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviar carta ao ex-presidente brasileiro.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, publicou uma mensagem dirigida ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), solicitando que o aliado “continue lutando”.
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“Ordens de silêncio, proibição em redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça”, declarou Orbán, em publicação via redes sociais.
A evidente postura do líder húngaro de direita surge dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviar uma carta a Bolsonaro afirmando que o processo judicial no Brasil deveria ter sido interrompido “imediatamente”.
Bolsonaro está sendo acusado no Supremo Tribunal Federal (STF) por um plano de golpe de Estado contra o resultado da eleição de 2022.
Continue lutando, @jairbolsonaro! Medidas de silenciamento, suspensões em redes sociais e processos judicialmente motivados são instrumentos de medo, e não de justiça. É possível colocar um monitor na panturrilha de um homem, mas não na vontade de uma nação!
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Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) 21 de julho de 2025
Na sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, ordenou medidas cautelares contra Bolsonaro, incluindo o emprego de tornozeleira eletrônica e a proibição do uso de redes sociais.
Em despacho, Moraes determinou que Bolsonaro está proibido de utilizar as redes sociais diretamente ou por meio de terceiros, o que englobaria entrevistas divulgadas por plataformas.
A decisão de Moraes menciona uma atuação coordenada entre Jair e um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para intimidar autoridades brasileiras e obstruir a ação penal sobre o suposto plano golpista.
Eduardo tem se encontrado nos Estados Unidos desde o início do ano, buscando impor sanções a Moraes, e, nessa situação, comemorou anúncios americanos referentes a uma tarifação contra importações provenientes do Brasil e ao cancelamento do visto de Moraes.
Durante a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, o ministro Moraes também proibiu o ex-presidente de se aproximar de embaixadores e de se comunicar com diplomatas estrangeiros.
Em março do ano passado, uma reportagem do jornal The New York Times indicou que Bolsonaro permaneceu duas noites no Embaixada da Hungria em Brasília, após uma operação da Polícia Federal (PF) ter apreendido seu passaporte.
“É possível impor uma monitoração eletrônica a um homem, porém não a uma nação.”, concluiu Orban.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.