O presidente Lula afirmou: “Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia”
O presidente, em encontro com ministros do governo, reiterou a acusação de que o governo dos Estados Unidos tenta interferir na soberania do Brasil.
O presidente Lula (PT) reiterou nesta terça-feira, 26, mensagens direcionadas a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em encontro com ministros do governo, em Brasília, ao criticar uma tentativa de interferência do governo norte-americano na soberania do país.
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O governo dos EUA age como se fosse um imperador do planeta Terra. É uma coisa descabida, não vou repetir [tudo o que já falei sobre os EUA], mas ele [Trump] continua fazendo ameaças ao mundo inteiro, disparou Lula ao iniciar as declarações sobre os EUA.
Nós somos um país soberano, possuímos uma legislação, uma Constituição e quem desejar entrar nesses 8,5 milhão de metros quadrados, em nosso espaço aéreo, em nosso espaço marítimo, nas nossas águas territoriais, terá que prestar contas à Constituição.
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Sobre Trump, Lula reiterou estar disposto a “sentar à mesa de negociação” a qualquer momento para conversar exclusivamente de questões comerciais. A única condição, afirma, é ser tratado de forma igualitária. “O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fossemos subalternos. Isso não aceitamos de ninguém.”
Solicitou aos ministros que reforcem em todos os discursos as declarações sobre a soberania brasileira. “É importante que cada ministro, nas falas que fizerem daqui para frente, façam questão de tratar da soberania deste País. [Digam] ‘Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos petulância de ninguém’”, cobrou. “Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia”, finalizou Lula, em recado direto a Trump.
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A avaliação sobre o governo de Jair Bolsonaro tem sido alvo de diversas críticas.
O presidente Lula aproveitou o tema para discutir, também, a articulação feita por Eduardo Bolsonaro (PL) nos EUA contra autoridades brasileiras. Ele classificou a ação do grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “a maior traição da história”. “Eu fiz uma relação dos maiores traidores da história da humanidade, não estou com ela aqui, mas o que está acontecendo no Brasil com a família do ex-presidente e com os filhos dele é possivelmente uma das maiores traições que uma pátria já sofreu de filhos seus”, afirmou Lula.
O termo foi reiterado em seguida: “não conheço outro momento em que um traidor da pátria teve a audácia de mudar de país… ele está adotando o outro país como pátria, ele está adotando os EUA como pátria, ele está negando a sua pátria… para tentar incitar o ódio de alguns governantes americanos contra o povo brasileiro. Isso não é aceitável”.
Sobre Eduardo, Lula declarou aos ministros que o deputado já deveria ter sido expulso da Câmara e solicitou a criação de uma frente de batalha política para denunciar a atuação do parlamentar nos Estados Unidos. “Eduardo é um cidadão que já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados, por estar inflamando com mentiras e hipocrisias outro Estado contra o Brasil. Isso é inexplicável e vamos ter que fazer com que isso seja uma frente de batalha no campo da política e no campo do governo, para que possamos fazer com que o País seja respeitado”, afirmou aos membros da Esplanada.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.
