O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou nesta terça-feira (12) que o Brasil está disposto a negociar o etanol com os Estados Unidos.
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Não nos recusamos a negociar a questão do etanol. Estamos dispostos a negociar a questão do etanol sem quaisquer problemas, declarou o presidente em entrevista à rádio BandNews FM.
A CNN apontou que o agronegócio já via o combustível ameaçado pelas tarifas impostas pelo governo americano. O etanol foi mencionado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos como uma das “práticas comerciais injustas”, em razão da tarifa de importação brasileira de 18%, o que diminuiria a competitividade para os produtores americanos, conforme declarado pela Casa Branca.
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A partir de 6 de agosto, foram implementadas tarifas sobre produtos brasileiros.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), relatora do projeto de lei da reciprocidade na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, havia declarado em abril deste ano que o setor do etanol é o que mais preocupa em relação à “tarifaço”.
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Em um relatório publicado em março deste ano, o USTR apontou o combustível e ambos os países como os maiores “produtores e consumidores de etanol do mundo”.
Tarifaço
O chefe do Executivo também abordou as tarifas aplicadas aos produtos brasileiros comercializados nos Estados Unidos. A ação foi formalizada no final de julho.
Os Estados Unidos apresentaram alegações falsas sobre um déficit entre os EUA e o Brasil. Demonstrámos, e eles também, que, ao considerar serviços, bens e comércio, registámos um défice de 400 biliões de dólares em 15 anos.
O petista afirma que o governo brasileiro não tem a intenção de realizar uma “braçada”, mas que a medida de reciprocidade aos Estados Unidos ainda está sendo considerada com as implicações avaliadas.
Em resposta às declarações, o chefe do Executivo também anunciou que assinará na quarta-feira (13) um projeto de lei temporário para estabelecer uma linha de crédito de inicialmente R$ 30 bilhões para as empresas impactadas pela taxa.
Publicado por Maria Clara Matos
Fonte por: CNN Brasil