Senador do Piauí na CNN propôs redução de cargos públicos como medida para alcançar a meta de responsabilidade fiscal.
Em entrevista à CNN neste sábado (28), o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PP-PI), proferiu críticas contundentes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e declarou que, se tivesse total autonomia, o partido não ocuparia nenhum cargo na administração atual.
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O parlamentar afirmou que o PP não compartilha “identidade” com o governo petista. Ele declarou que, devido à breve duração da permanência do partido no governo, ele não teria nada a ver com o atual governo.
As declarações foram proferidas no programa Agora CNN, em um debate com a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que discutiu a crise política relacionada ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Em recente momento, Rosário censurou a atitude de Ciro, ridicularizando o respaldo do senador atual a práticas petistas. Ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro (PL), Ciro já afirmou, em 2017, que Bolsonaro possuía “caráter fascista” e “preconceituoso”. Na mesma oportunidade, o parlamentar declarou que apoiava a eleição de Lula em 2018, complementando que o petista “foi o melhor presidente do país, especialmente para o Piauí e o Nordeste”.
“Você tem uma perna aqui e outra ali. Nós também temos ministros seus também em nosso governo, que prestam serviços importantes”, ironizou Maria do Rosário.
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Ciro retrucou, alegando que Lula persiste em ações já conhecidas ao alocar cargos em troca de apoio político. Ele também declarou ter sido convidado para fazer parte da administração atual, recusando a oferta.
Desejo informar que tenho grande orgulho de ter participado do governo anterior. Não se trata de falta de oportunidade que me impede de estar neste governo. Não acredito nele e permaneceremos em oposição até o seu término, devido aos seus grandes prejuízos para o país.
O senador, no aspecto econômico do debate, imputou à gestão Lula a responsabilidade pelos altos juros e censurou a política fiscal do governo em exercício.
“Por que as taxas de juros estão em 15%? A responsabilidade ainda é do Roberto Campos [ex-presidente do Banco Central]?” disse. “Você sabe que não. É resultado da irresponsabilidade fiscal do seu governo.”
Ciro também criticou a questão fiscal, acusando o governo de preencher ministérios com aliados partidários e defendendo a redução de cargos.
Desejo extinguir o Pê-de-Meia, que é uma boa proposta. Quero extinguir o cargo da companheirada. Brasília está infestada de lobistas e companheiros do partido, causando grande prejuízo ao Brasil. Isso que eu desejo cortar. Metade desses ministérios que não servem para nada, a não ser para acomodar pessoas incompetentes, concluiu.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.