O presidente de Israel afirma que o país busca transformar a dinâmica da região do Oriente Médio

Isaac Herzog declara que Irã está equipando grupos regionais adversários e solicita que os chefes de estado do G7 ofereçam suporte ao Estado de Israel.

15/06/2025 14:59

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O presidente de Israel afirma que o país busca transformar a dinâmica da região do Oriente Médio
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente de Israel , Isaac Herzog, declarou que o ataque do país judeu contra o Irã visa “mudar a realidade do Oriente Médio”. A afirmação foi feita no domingo (15.jun.2025) durante uma visita de Herzog a Bat Yam, na região metropolitana de Tel Aviv, onde um míssil iraniano destruiu um prédio e ceifou a vida de 6 pessoas, incluindo 2 crianças.

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O príncipe herdeiro expressou seu pesar pela perda de “cidadãos de diversas origens”. Ele acusou o Irã de equiparar adversários locais de Israel e de aprimorar sua capacidade nuclear, que considerou “a mais perigosa da humanidade”.

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O presidente solicitou que os países que integram o G7, conjunto das nações mais industrializadas do mundo, incluindo Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, ofereçam apoio a Israel.

Assim, não defendemos apenas Israel, mas toda a região do Oriente Médio, a própria humanidade e a paz mundial. Faço um apelo aos líderes do G7 que se reúnem amanhã [2ª feira, 16.jun] no Canadá. Todos deveriam nos apoiar, porque se desejam desmantelar as armas nucleares, é melhor que trabalhem juntos e conosco.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direta), também esteve no local onde o prédio foi destruído. Após a visita, declarou, em publicação no X, que o Irã “pagará um preço alto por matar civis”. Ao todo, 13 israelenses foram vítimas de ataques iranianos desde que o conflito militar começou, na sexta-feira (13.jun). No lado do Irã, ao menos 168 pessoas já foram vítimas do confronto.

A Irã pagará um custo elevado por cometer intencionalmente o assassinato de civis, mulheres e crianças. Alcançaremos nosso objetivo com um único ataque, afirmou o primeiro-ministro israelense.

Netanyahu ainda solicitou que a população siga as orientações das autoridades do país.

Estamos em uma batalha existencial, confrontando um inimigo implacável que visa a destruição. Nossos soldados e pilotos estão operando com bravura nos céus do Irã. Trata-se de uma guerra de salvação. Nós o atacaremos com um único golpe – e venceremos.

Israel x Irã

Israel e Irã trocaram ataques durante a madrugada de domingo (15 de junho), resultando em mortes de civis e destruição em áreas residenciais nos dois países. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), alertou Teerã contra possíveis ataques ao seu país, ao mesmo tempo em que afirmou que poderia facilitar um acordo para solucionar o conflito.

Se fôssemos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e o poder das Forças Armadas dos EUA cairia sobre ele em níveis nunca vistos antes. No entanto, podemos facilmente fazer um acordo entre Irã e Israel e acabar com esse conflito sangrento.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, qualificou os ataques como “barbaros” e declarou que visavam sabotar as negociações nucleares com os EUA, que estavam programadas para serem retomadas no domingo (15.jun) em Omã — negociações que foram canceladas.

Os ataques israelenses atingiram instalações militares e a infraestrutura energética iraniana, incluindo a refinaria de petróleo Sharan, em Teerã, conforme reportado pela agência Reuters. Adicionalmente, Israel atacou o prédio do Ministério da Defesa iraniano e o campo de gás South Pars, na província de Bushehr, no sul do país.

A escalada militar iniciou-se após Israel lançar ataques contra instalações nucleares do Irã na sexta-feira (13.jun). As autoridades israelenses declaram que a operação tem como objetivo impedir o progresso do programa nuclear iraniano e desmantelar as capacidades de mísseis balísticos do país.

Em resposta, o Irã lançou mísseis contra áreas residenciais nas regiões Norte e Centro de Israel. Segundo a Associated Press, 6 pessoas — incluindo 2 crianças — morreram em um ataque em Bat Yam, próximo a Tel Aviv, onde um míssil atingiu um edifício de 8 andares. A mídia israelense, citada pela Reuters, informou que pelo menos 35 pessoas estão desaparecidas.

Quatro indivíduos adicionais faleceram após um míssil atingir um edifício em Tamra, no norte do país. Assim, o número total de mortos em Israel desde quinta-feira (13.jun) é de pelo menos 13 e cerca de 300 pessoas ficaram feridas.

Na Irã, 78 pessoas faleceram apenas no primeiro dia da ofensiva israelense. No segundo dia de ataques, um míssil de Israel atingiu e desabou um edifício de 14 andares em Teerã, resultando em pelo menos 60 mortos, incluindo 29 crianças.

A mais recente onda de ataques iranianos contra Israel começou pouco após as 23h de sábado (14.jun), quando sirenes de ataque aéreo soaram em Jerusalém e Haifa, fazendo com que cerca de 1 milhão de pessoas buscassem abrigo.

Por volta das 2h30 (horário local) de domingo (15.jun), o Exército israelense notificou sobre um ataque com foguetes.

Os Houthis, do Iêmen, aliados do Irã, afirmaram ter realizado ataques ao centro de Israel, em Jaffa, com múltiplos mísseis balísticos nas últimas 24 horas. Trata-se da primeira vez que um aliado do Irã se envolve neste conflito.

Fonte por: Poder 360

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.