O plenário da Câmara critica a iniciativa do governo e considera a atitude de Hugo como uma “provocação infantil”
O deputado Coronel Chisóstomo (PL-RO) atuará como relator da proposta que visa revogar o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF…

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), declarou que houve um “erro grave” na decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de dar prioridade ao projeto que anula o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
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O petista também criticou e classificou como uma “provocação infantil” a escolha do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) como relator da proposta. O projeto está na pauta do plenário na sessão desta quarta. Em contrapartida, a oposição comemorou a decisão de Motta de colocar o texto em votação e a designação de um relator do PL.
É um grave erro ter adotado essa postura e designar o Coronel Cristóvão como relator, o que parece uma provocação infantil. Um tema tão importante. Estou sendo direto nas palavras porque não nos resta outra opção”, declarou Lindbergh em entrevista ao jornalista na Câmara.
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Para o líder do PT, a escolha de Christósto demonstra que “não há espaço algum para qualquer tipo de diá” sobre o projeto. O deputado ressaltou que a decisão de votar a proposta causou “estranheza” e “surpresa” no governo.
O relator, Motta, anunciou que a matéria seria discutida na noite de terça-feira (24). A decisão pegou o Planalto de surpresa, que previa um tempo maior para construir uma estratégia de oposição ao texto. A Câmara aprovou a admissibilidade do projeto na semana anterior, na segunda-feira (16).
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Na manhã de hoje, Lindbergh reuniu-se no Palácio do Planalto com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
A revogação desse decreto do IOF implica em cortes imediatos de R$ 12 bilhões […] A revogação do decreto, ninguém se engane, significará automaticamente um corte de programas sociais, prejudicando os mais pobres, afirmou Lindbergh.
Plano de governo sustenta posição do relator.
O presidente do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), justificou a decisão de Motta de dar andamento ao projeto e a indicação do relator. O Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é o principal apoiador da proposta para impedir a alteração nas alíquotas do IOF.
“Se trata de um decreto do presidente da República, nada mais adequado, ainda que um parlamentar do maior partido da oposição. O Coronel Christóstomo possui toda a legitimidade, nosso apoio, nossa indicação e será o relator desta sustação nesta data”, declarou em entrevista a jornalistas na Câmara.
Sostenes acredita que o governo não compreendeu a mensagem da Câmara ao considerar urgente a proposta sobre o IOF, projetando sua aprovação com pelo menos 310 votos.
A lentidão do governo é evidente, que só se manifesta após a ocorrência de um problema. Essa é a questão central do atual governo. Culpar o presidente Hugo Motta neste momento seria uma irresponsabilidade completa, afirmou Sostenes em entrevista a jornalistas na Câmara.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.