O planeta poderá perder até 39 bilhões de dólares com o desaparecimento de áreas úmidas
Acordo sobre Zonas Úmidas indica perigo para atividades de pesca, agricultura e prevenção de inundações.

A destruição global de áreas úmidas, que sustentam a pesca, a agricultura e o controle de enchentes, pode significar a perda de US$39 trilhões em benefícios econômicos até 2050, de acordo com um relatório da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional nesta terça-feira (15).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo o relatório intergovernamental, aproximadamente 22% das zonas úmidas, incluindo sistemas de água doce como turfeiras, rios e lagos, e sistemas marinhos costeiros como manguezais e recifes de coral, foram perdidos desde 1970, representando o ritmo mais acelerado de perda de qualquer ecossistema.
As pressões, incluindo alterações no uso da terra, poluição, expansão agrícola, espécies invasoras e os impactos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e a seca, estão causando o declínio.
Leia também:

Defesa destaca a preferência do relato de Mauro Cid, o delator considerado mentiroso

Brasil conquista vitória sobre a Argentina na VNL

A Conmebol erra e mistura os goleiros do Vasco na divulgação
A escala de perdas e degradação está além do que podemos nos dar ao luxo de ignorar, afirmou Hugh Robertson, o principal autor do relatório.
O relatório solicitou investimentos anuais entre US$275 bilhões e US$550 bilhões para solucionar as ameaças às áreas úmidas remanescentes, afirmando que os gastos atuais representam um “subinvestimento substancial”, sem apresentar valores específicos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O mundo perdeu 411 milhões de hectares de áreas úmidas, o equivalente a meio bilhão de campos de futebol, e um quarto das áreas úmidas remanescentes está agora classificado como em estado de degradação, de acordo com o relatório.
As vantagens econômicas das áreas úmidas abrangem a regulação de inundações, a purificação da água e o armazenamento de carbono — essenciais considerando o aumento dos níveis hídricos e a intensificação de tempestades tropicais e furacões, decorrentes das mudanças climáticas.
Também defendem os setores de pesca e agricultura, proporcionando vantagens culturais.
O relatório foi divulgado uma semana antes da reunião das partes da Convenção sobre Zonas Úmidas em Victoria Falls, Zimbábue, um acordo global de 172 países assinado em 1971 para conduzir a preservação do ecossistema.
O grupo, que engloba a China, a Rússia e os Estados Unidos, se reúne a cada quatro anos, embora não esteja certo se todos os países enviarão representantes.
A degradação das áreas úmidas é particularmente preocupante na África, na América Latina e no Caribe, além de estar se agravando na Europa e na América do Norte.
Ações de recuperação estão em curso em países como Zâmbia, Camboja e China.
Tocantins e Goiás apresentam o maior potencial de mercado no Brasil.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.