O planeta poderá perder até 39 bilhões de dólares com o desaparecimento de áreas úmidas

Acordo sobre Zonas Úmidas indica perigo para atividades de pesca, agricultura e prevenção de inundações.

15/07/2025 14:37

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A destruição global de áreas úmidas, que sustentam a pesca, a agricultura e o controle de enchentes, pode significar a perda de US$39 trilhões em benefícios econômicos até 2050, de acordo com um relatório da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional nesta terça-feira (15).

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Segundo o relatório intergovernamental, aproximadamente 22% das zonas úmidas, incluindo sistemas de água doce como turfeiras, rios e lagos, e sistemas marinhos costeiros como manguezais e recifes de coral, foram perdidos desde 1970, representando o ritmo mais acelerado de perda de qualquer ecossistema.

As pressões, incluindo alterações no uso da terra, poluição, expansão agrícola, espécies invasoras e os impactos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e a seca, estão causando o declínio.

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A escala de perdas e degradação está além do que podemos nos dar ao luxo de ignorar, afirmou Hugh Robertson, o principal autor do relatório.

O relatório solicitou investimentos anuais entre US$275 bilhões e US$550 bilhões para solucionar as ameaças às áreas úmidas remanescentes, afirmando que os gastos atuais representam um “subinvestimento substancial”, sem apresentar valores específicos.

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O mundo perdeu 411 milhões de hectares de áreas úmidas, o equivalente a meio bilhão de campos de futebol, e um quarto das áreas úmidas remanescentes está agora classificado como em estado de degradação, de acordo com o relatório.

As vantagens econômicas das áreas úmidas abrangem a regulação de inundações, a purificação da água e o armazenamento de carbono — essenciais considerando o aumento dos níveis hídricos e a intensificação de tempestades tropicais e furacões, decorrentes das mudanças climáticas.

Também defendem os setores de pesca e agricultura, proporcionando vantagens culturais.

O relatório foi divulgado uma semana antes da reunião das partes da Convenção sobre Zonas Úmidas em Victoria Falls, Zimbábue, um acordo global de 172 países assinado em 1971 para conduzir a preservação do ecossistema.

O grupo, que engloba a China, a Rússia e os Estados Unidos, se reúne a cada quatro anos, embora não esteja certo se todos os países enviarão representantes.

A degradação das áreas úmidas é particularmente preocupante na África, na América Latina e no Caribe, além de estar se agravando na Europa e na América do Norte.

Ações de recuperação estão em curso em países como Zâmbia, Camboja e China.

Tocantins e Goiás apresentam o maior potencial de mercado no Brasil.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.