Deputado solicitou licença de 120 dias; à CNN, declarou que estaria disposto a “renunciar ao mandato” para permanecer nos Estados Unidos.
A autorização do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de 120 dias cessa neste domingo (20). Após este período, ele começará a incorrer em faltas não justificadas se não retornar ao Brasil.
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Para não perder o mandato, o parlamentar não pode faltar a mais de um terço das sessões do plenário da Câmara.
Em março deste ano, Eduardo solicitou licença afastamento do cargo por 120 dias por motivos pessoais e mais dois dias para tratamento de saúde.
Ele divulgou um vídeo afirmando que permaneceria nos Estados Unidos para fins políticos. Ele também alegou que, naquele país, buscaria as devidas sanções aos violadores de direitos humanos.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), obteve 741.701 votos em São Paulo nas eleições de 2022, ficando atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e Carla Zambelli (PL), conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral.
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Após a solicitação de licença do filho do ex-presidente, a Câmara convocou o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) para assumir a vaga em 21 de março.
José Olímpio Silveira Moraes, formado pela Faculdade de Direito de Itapetininga, no interior de São Paulo, é um político associado à Igreja Mundial do Poder de Deus.
O parlamentar manifesta em suas redes sociais sua luta “pelos valores cristãos e familiares”.
Após Eduardo ter manifestado que não retornaria ao Brasil, José Olímpio afirma que, caso assuma o mandato de forma definitiva, dará continuidade aos trabalhos do filho de Jair Bolsonaro, uma vez que “as pautas” entre eles “são as mesmas”.
Declarou que mantém uma relação de proximidade com a família Bolsonaro e que deve continuar essa colaboração.
Na última semana, Eduardo Bolsonaro afirmou à CNN que estava disposto a “sacrificar” o seu mandato para trabalhar para o povo brasileiro dos Estados Unidos. “Não vejo clima para retornar ao Brasil e ser preso”, declarou.
Antes da fala do parlamentar, a CNN ouviu integrantes do círculo próximo do filho do ex-presidente, que já sustentavam que a decisão era de que o momento não era oportuno para o retorno do deputado ao Brasil.
Após a colocação de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com Eduardo Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, o ex-presidente afirmou que acredita que o filho não deve retornar ao país.
Ele será preso se retornar, afirmou o ex-presidente.
O ex-chefe do Executivo afirmou que Eduardo provavelmente se tornará um cidadão americano.
Ele é um garoto inteligente, fala inglês muito bem, fala espanhol, domina o árabe, tem um bom relacionamento com o governo americano e acredito que ele vai buscar alternativas de se tornar cidadão americano. E não volta mais para cá enquanto Alexandre de Moraes tiver poder de prender quem ele bem entender, disse Bolsonaro.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.