O país enfrenta uma situação angustiante

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não levou a Casa Branca a adotar medidas adicionais contra autoridades brasileiras ou contra o próprio país.

Se essas ações contribuírem – o que é considerado um cenário altamente provável –, elas agregarão a um cerco já sufocante. Bancos brasileiros foram questionados por autoridades do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sobre o cumprimento da Lei Magnitsky, que, até o momento, foi aplicada apenas contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

A aplicação de sanções por parte dos Estados Unidos é uma prática frequente quando se busca penalizar instituições financeiras que continuam a oferecer serviços a indivíduos já sujeitos a sanções.

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Paralelamente, a investigação aberta pelo Representante de Comércio dos Estados Unidos tem se mostrado bastante agressiva. Esse processo tem sido alimentado por uma série de empresas americanas de diversos setores — entre elas, concorrentes do agronegócio — que visam na atual conjuntura uma oportunidade de obter vantagens sobre empresas e exportadores brasileiros.

Representantes de empresas brasileiras, com o apoio da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, se dirigiram ao Departamento de Estado norte-americano buscando estabelecer um canal de diálogo. Contudo, receberam apenas cumprimentos formais e ouviram a mensagem clara de que a crise atual nas relações entre Brasil e Estados Unidos é de natureza exclusivamente política e que qualquer tentativa de resolução terá que passar diretamente pelo presidente Donald Trump.

O presidente Lula (PT) não acredita que seja válido tentar estabelecer contato com Trump.

A situação é extremamente complexa, e até mesmo negociadores internacionais experientes reconhecem nunca terem testemunhado algo parecido na história das relações entre os dois países. E a tendência é de piora.

Fonte por: CNN Brasil