O paciente pré-candidato baleado na cabeça na Colômbia apresenta estado de ‘gravidade máxima’
O pré-candidato à presidência colombiana Miguel Uribe passou por uma primeira cirurgia, mas seu estado de saúde é de “gravidade máxima”, informou neste domingo a clínica onde ele está internado. O senador, de 39 anos, foi atingido por três tiros, dois deles na cabeça, durante um ato público em um bairro […].

O pré-candidato à presidência colombiana Miguel Uribe foi baleado ontem em Bogotá, e sua condição de saúde permanece “máxima gravidade”, conforme informado pela clínica onde está internado neste domingo. O senador, de 39 anos, foi atingido por três tiros, dois na cabeça, durante um evento público em um bairro popular de Bogotá, relatado aos paramédicos que o atenderam. Ele foi admitido em estado crítico e submetido a uma cirurgia durante a madrugada.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O prefeito da capital, Carlos Fernando Galán, declarou que Uribe passou por “momentos críticos” de recuperação para assegurar sua sobrevivência. O hospital que acompanha o senador informou que ele “se encontra na UTI para garantir a estabilização pós-operatória”. “O quadro é de gravidade máxima e o prognóstico é reservado.”
Um jovem de 15 anos foi detido como suspeito, porém as autoridades ainda não identificaram os responsáveis pelo ataque. Não houve ameaças públicas contra Uribe, um crítico ferrenho da esquerda, das guerrilhas e dos grupos de narcotráfico que operam no país.
Centenas de pessoas se manifestaram hoje em diversas cidades da Colômbia, usando camisetas brancas e carregando bandeiras do país. Diante da clínica onde Uribe está internado, gritei “Força, Miguel!” e “Miguel, amigo, a Colômbia está contigo!”. Protegido por seguranças, o ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) – líder do Centro Democrático, principal movimento de direita do país, ao qual pertence o pré-candidato ferido – compareceu ao local. A mulher da vítima agradeceu “a todas as pessoas que se uniram pela vida de Miguel”.
Caça aos autores
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mais de 100 investigadores da polícia colombiana estão envolvidos na investigação do ataque ao político, conforme relatado pelo ministro da Defesa, Pedro Sánchez.
O presidente Gustavo Petro solicitou ontem uma investigação detalhada, que inicie com os seguranças de Uribe, devido a “todas as situações estarem abertas”.
O jovem indiciado por disparar contra o senador ficou ferido na perna em confronto com a equipe de segurança de Uribe.
O ministro da Defesa informou que o paciente está hospitalizado e em estado avançado, ressaltando que ele foi utilizado por criminosos para cometer o ataque.
Um vídeo publicado nas redes sociais exibe o instante em que um jovem, com a postura de costas, retira uma arma. Uribe desaba após ser aparentemente ferido na cabeça.
Outras imagens o exibem deitado sobre um automóvel, com o corpo ferido e apoiado por um grupo de pessoas.
Em outubro passado, Uribe anunciou uma pré-candidatura à presidência em 2026, no pleito que definirá o sucessor de Gustavo Petro, de quem é um dos maiores opositores. A campanha presidencial ainda não começou, mas vários políticos já iniciaram suas articulações.
Desacordo com os Estados Unidos
Organizações internacionais e países da região e da Europa manifestaram repúdio ao ataque. O Departamento de Estado Americano, país aliado da Colômbia na luta contra o narcotráfico, atribuiu o incidente à “retórica violenta da esquerda” e solicitou a Petro que “modere seu discurso inflamado”.
A declaração, feita pelo secretário de Estado, Marco Rubio, marca um novo capítulo do conflito entre o governo dos Estados Unidos e o Petro, que classificou esse tipo de acusação como “oportunista”.
O presidente declarou em seu pronunciamento que é prioritário “cuidar da vida” de determinados atiradores para evitar que ele seja assassinado, a fim de não delatar seus cúmplices.
Uribe, proveniente de uma família com longa tradição política, é senador desde 2022. Anteriormente, exerceu o cargo de Secretário de Governo de Bogotá e atuou como vereador na cidade. Ele também concorreu à prefeitura, porém, não foi eleito em 2019.
Diana Turbay, sua mãe, foi uma jornalista reconhecida, sequestrada pelo narcotraficante Pablo Escobar. Ela faleceu em 1991 durante uma operação militar de resgate.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.