O novo poder em dobro: empresas adotam liderança compartilhada para enfrentar complexidade nos negócios

O Crescimento da Liderança Compartilhada nas Empresas

No ambiente corporativo atual, que é cada vez mais dinâmico e desafiador, é difícil para um único líder dominar todas as áreas essenciais para manter a competitividade de uma empresa. Por isso, o modelo de liderança compartilhada, com dois executivos exercendo a mesma função, tem se tornado cada vez mais comum em grandes organizações.

De acordo com a Harvard Business Review, essa abordagem pode aumentar a eficiência, fortalecer a resiliência e aprimorar a qualidade das decisões, desde que as funções de cada líder estejam claramente definidas.

Por que a Divisão da Liderança Pode Ser Eficaz

O modelo tradicional de um único CEO surgiu em um contexto onde os negócios eram mais previsíveis. Atualmente, as empresas enfrentam transformações digitais, exigências de sustentabilidade, expectativas de investidores e rápidas mudanças de mercado.

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Essas demandas criam uma sobrecarga quase insuportável para uma única pessoa. A co-liderança é eficaz porque distribui o peso cognitivo e operacional, permitindo que cada executivo se concentre em áreas diferentes e complementares, como estratégia e execução, inovação e finanças, ou tecnologia e mercado.

Complementaridade e Resultados Comprovados

Organizações que adotam duplas com habilidades distintas, como um líder técnico e outro comercial, costumam ter um melhor equilíbrio entre inovação e rentabilidade. Um estudo mencionado pela Harvard Business Review analisou 87 empresas com co-CEOs e constatou que elas apresentaram retornos médios de 9,5% ao ano, superando a média de seus respectivos índices de mercado.

Durante períodos de crise, a presença de duas lideranças permite respostas mais rápidas e eficazes. Enquanto um líder se dedica à comunicação externa e relações institucionais, o outro pode focar na reorganização interna e na manutenção da equipe.

Decisões Mais Assertivas e Sucessão Fluida

Co-líderes funcionam como pares de reflexão, desafiando ideias e testando decisões antes de apresentá-las à equipe. Além disso, esse modelo facilita uma transição natural de liderança, garantindo continuidade caso um dos executivos deixe o cargo.

Quando o Modelo Pode Falhar

Apesar das vantagens, a liderança compartilhada também apresenta riscos. Ela requer clareza absoluta sobre os papéis, comunicação constante e alinhamento de valores.

As falhas mais comuns ocorrem quando há ambiguidade nas decisões, resultando em paralisia, mensagens conflitantes para investidores ou equipes divididas entre dois polos de poder. Sem uma estrutura sólida, a co-liderança pode gerar mais confusão do que resultados.

O Futuro da Liderança Compartilhada

À medida que os negócios se tornam mais complexos, modelos colaborativos de gestão tendem a se expandir. Empresas de tecnologia já estão experimentando diferentes formatos de co-liderança, aproveitando a diversidade de visões e especialidades.

Embora não seja uma solução universal, a liderança compartilhada pode se tornar um diferencial competitivo para organizações que buscam agilidade e inovação. Quando bem estruturada, a liderança em dupla não divide poder, mas multiplica capacidade, confiança e resultados.

Liderança que Inspira Resultados

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