O novo argumento do Partido dos Trabalhadores para pedir a prisão do Eduardo Bolsonaro
O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira, 21.
Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que decrete a prisão preventiva do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro.
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A nova solicitação se verifica após uma transmissão ao vivo nas redes sociais, ocorrida no domingo 20, na qual Eduardo proferiu declarações interpretadas como ameaças à Polícia Federal. “Cachorrinho da PF que está me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você… ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente”, disse o filho “zero três” de Jair Bolsonaro (PL).
Sh Shor é o delegado responsável por investigações que envolvem Bolsonaro, incluindo a apuração sobre a trama golpista de 2022.
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O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, reagiu rapidamente com indignação a mais a essa covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais.
A conduta de Eduardo pode configurar, para Lindbergh Farias, os crimes de simulação no curso do processo e obstrução da justiça.
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Essa ameaça, portanto, confirma e agrava o risco real de perseguição penal, a segurança institucional da Polícia Federal e a integridade funcional das autoridades envolvidas, demonstrando a insuficiência das medidas já impostas e a necessidade de nova avaliação cautelar.
O líder petista argumentou que Eduardo visa estabelecer um clima de hostilidade e temor, com o objetivo de retribuir servidores que obedecem mandados judiciais. Tal atitude, ressaltou, ultrapassa os limites da liberdade de expressão.
Solicitou que Moraes reconsiderasse a viabilidade de decretar a prisão preventiva de Eduardo, “considerando o comportamento reiterado de ameaça à autoridade pública e sabotagem institucional”.
Processo contra Eduardo
Na última sábado, 19, Moraes determinou a inclusão de novas publicações de Eduardo Bolsonaro no inquérito que apura a trama do deputado licenciado nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
Após a aplicação de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro (PL) na sexta-feira 18, Eduardo afirmou que “intensificou as condutas ilícitas objeto desta investigação, por meio de diversas postagens e ataques ao Supremo Tribunal Federal nas redes sociais”.
Em uma ocasião, o “zero três” comemora a decisão do governo de Donald Trump de revogar o visto do ministro: “Talvez o Moraes não saiba (sic) se o Filipe Martins foi ou não aos EUA, mas agora todo mundo sabe que o Moraes não vai!”.
Outra publicação é o trecho de uma entrevista do deputado licenciado Eduardo, para a CNN Brasil, na qual ele afirma que Trump “não vai ceder”.
Moraes determinou a inclusão nos autos das postagens e entrevistas conduzidas pelo investigado.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.












