Deputada enfrenta prazo para se defender em processo que pode levar ao fim de seu mandato na Câmara.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara estabeleceu um prazo de 5 sessões deliberativas para que a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) apresente sua defesa no processo que pode resultar na perda de seu mandato . A contagem iniciará na terça-feira (24.jun). Ela encontra-se foragida da Justiça brasileira.
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O andamento do processo na CCJ ocorre após Zambelli confirmar ao G1 o recebimento da representação contra ela na quarta-feira (18.jun). Durante o período determinado, a deputada poderá apresentar argumentos e indicar provas que considere pertinentes à sua defesa.
O deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR) foi indicado como relator do requerimento na CCJ. Para sua perda de mandato, são necessários 257 votos favoráveis no plenário.
Zambelli está fora do Brasil desde 3 de junho, data em que informou que solicitaria licença para tratamento de saúde na Itália.
Apesar disso, o processo em análise na CCJ da Câmara prosseguirá normalmente e poderá levar à confirmação da perda de seu mandato, conforme já decidido pelo STF.
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O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou em 4 de junho a sua prisão preventiva.
Em 14 de maio, o STF condenou Zambelli, por unanimidade, a 10 anos de prisão, acrescida da perda do mandato, em razão de falsidade ideológica.
Ela e o hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, buscaram invadir o sistema do CNJ para expedir um mandado de prisão para o ministro Alexandre de Moraes, como se ele próprio tivesse ordenado a detenção.
Investigações apontaram que a invasão foi conduzida por Delgatti, que admitiu ter atuado sob as ordens da deputada. O hacker foi julgado e sentenciado a oito anos e três meses de reclusão.
Zambelli afirmou ter deixado o Brasil em 3 de junho. Primeiramente, ela se dirigiu aos Estados Unidos. No dia seguinte, Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão das redes sociais de Zambelli.
A congressista teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho, sob solicitação de Moraes. Ela figura como foragida internacional e pode ser detida em outros países.
Em 6 de junho, a deputada declarou à CNN Brasil que pretende se entregar voluntariamente às autoridades italianas. No mesmo dia, a 1ª Turma do STF rejeitou, por unanimidade, o recurso da congressista contra a condenação.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.