O ministro Moraes projeta que os julgamentos do caso golpista serão concluídos até 2025

Os julgamentos dos quatro núcleos da trama golpista devem ser concluídos ainda em 2025. A previsão foi apresentada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, na sexta-feira 1º, durante a abertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal neste segundo semestre.

O ministro declarou que os processos encontram-se em uma etapa bastante avançada, o que indica a previsão de conclusão nos próximos meses.

“Neste semestre julgaremos todos os responsáveis, absolvendo aqueles onde não houver prova de responsabilidade; condenando aqueles onde houver prova. Mas julgando e exercendo a nossa função jurisdicional. E não nos acovardando diante de ameaças, seja daqui [do Brasil] ou de qualquer outro lugar”, disse Moraes em meio a um discurso contundente, em que defendeu as instituições brasileiras após ser alvo de sanções impostas pelos Estados Unidos, por ordem de Donald Trump.

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A avaliação das ações contra os núcleos da trama golpista é realizada pela Primeira Turma. Assim, o ministro Cristiano Zanin, que preside o grupo, determinará o cronograma das sessões.

Entre as quatro ações, a mais avançada é a contra o chamado núcleo 1 – ou núcleo crucial da trama – em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos réus. O caso já está na fase de alegações finais, quando os réus apresentam a última versão das suas defesas. Depois, o relatório e o voto de Moraes serão finalizados e podem ser analisados pela Primeira Turma.

Bolsonaro, nesta ação, é réu por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se condenado, a pena pode chegar a 40 anos de prisão.

Além do ex-capitão, outros sete bolsonaristas integram este núcleo, são eles:

Os outros três núcleos também tiveram a fase de instruções e intimações finalizadas e seguem para a etapa final. São réus nesses casos membros das Forças Armadas e outros auxiliares diretos do ex-capitão.

Fonte por: Carta Capital