O ministro da Defesa de Israel descreve o líder supremo do Irã como o “Hitler moderno” e afirma que ele “não pode continuar existindo”
A avaliação de especialistas é que a remoção de Khamenei e do governo da República Islâmica geraria um espaço vazio que poderia ser ocupado por apoiadores da linha mais conservadora, como a Guarda Revolucionária do Irã ou o exército.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reiterou que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, “não pode continuar existindo”, em publicação no X nesta quinta-feira (19). “Ditador Khamenei é um Hitler moderno que esculpiu em sua bandeira a destruição do Estado de Israel e está escravizando todos os recursos de seu país para promover esse objetivo terrível”, escreveu.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Ele não pode continuar existindo”, acrescentou. Na última terça-feira (17), o presidente dos EUA, Donald Trump, havia dito que os americanos sabem onde Khamenei está escondido, mas que não pretendia assassiná-lo “por enquanto”. No começo da semana, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, evitou descartar a possibilidade de ordenar a morte do aiatolá.
A saída do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, não asseguraria a implementação de um regime democrático no país, afirmam os analistas. A possibilidade de uma derrota do aiatolá, que governa o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, levanta inúmeras incertezas. Na Europa, muitos governos temem que a queda do regime iraniano tenha consequências tão negativas quanto a invasão do Iraque liderada pelos EUA em 2003 ou a intervenção da OTAN na Líbia em 2011. Analistas acreditam que derrubar Khamenei e o governo da República Islâmica criaria um vácuo que poderiam preencher os apoiadores da linha dura, como a Guarda Revolucionária do Irã ou o exército.
Leia também:

Condenação de Bolsonaro tem impacto na mídia internacional

A morte de Charlie Kirk revela a intensa polarização política nos EUA

Boric e Petro se pronunciam após condenação de Bolsonaro
A derrubada dos regimes de Saddam Hussein no Iraque e de Muammar Gaddafi na Líbia desencadeou um período de anos de caos e violência em ambos os países. “O maior erro seria buscar uma mudança de regime no Irã por meios militares porque isso levaria ao caos”, afirmou, na terça-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, na cúpula do G7 no Canadá.
Informações da AFP e Estadão Conteúdo Publicado por Sarah Paula
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.