O Ministério da Saúde disponibilizará o dispositivo intrauterino hormonal e a desogestrel para o tratamento da endometriose
O sistema observou um crescimento de 70% no volume de atendimentos relacionados à endometriose no período de 2022 a 2024.

Pacientes com endometriose agora contam com duas novas opções de tratamento hormonal por meio do Sistema Único de Saúde (SUS): o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. Ambos foram recentemente incluídos na rede pública após receberem parecer positivo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
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Em nota, o Ministério da Saúde detalhou que o DIU-LNG inibe o crescimento do tecido endometrial fora do útero e se apresenta como uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. “A nova tecnologia pode otimizar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua substituição só é necessária a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.”
Já o desogestrel, de acordo com a pasta, pode diminuir a dor e dificulta a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, impedindo o crescimento do endométrio fora do útero, e que poderá ser utilizado como primeira linha de tratamento, ou seja, prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames.
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Para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas indispensáveis, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose, informou o ministério no comunicado.
Entenda.
A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica que causa o crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina. Em mulheres com a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) se desenvolve fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, gerando reações inflamatórias.
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Dor menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante o contato sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico são entre os principais sintomas da endometriose.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a condição impacta aproximadamente 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva globalmente, correspondendo a mais de 190 milhões de indivíduos.
No Brasil, informações do Ministério da Saúde indicam um crescimento de 30% nos atendimentos ligados ao diagnóstico da endometriose na atenção primária, em comparação entre 2022 (115,1 mil atendimentos) e 2024 (144,9 mil). Durante os dois últimos anos (2023 e 2024), foram registrados, conforme a secretaria, mais de 260 mil consultas.
Já na atenção especializada, o SUS registrou aumento de 70% no número de atendimentos por endometriose, passando de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024. Nos dois últimos anos, foram contabilizados 85,5 mil atendimentos.
Observou-se um crescimento de 32% nas internações pela doença, que subiram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. Durante o mesmo período (2023 e 2024), o total de internações atingiu 34,3 mil.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.