O Brasil deve ter prudência ao aproximar-se da China, mesmo considerando os benefícios comerciais, conforme a análise de Roberto Dumas, professor de economia chinesa do Insper, apresentada no WW, que aponta diferenças relevantes nas relações comerciais do Brasil com chineses e americanos.
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Segundo Dumas, ao contrário das relações comerciais com os Estados Unidos, onde a maior parte da pauta é formada por produtos manufaturados de alto valor agregado, as negociações com a China são marcadas pela predominância de commodities, que representam aproximadamente 70% das transações, incluindo minério de ferro, produtos agrícolas e petróleo.
Restrições comerciais e avisos.
O especialista discute a inviabilidade de ampliar as exportações para a China, visto que o país asiático é o principal parceiro econômico do Brasil. Ele defende que a diversificação deveria ser direcionada a outros parceiros comerciais.
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Dumas também aponta para as potenciais implicações geopolíticas dessa relação. “Aproximar-se da China é interessante pelo lado comercial, mas tenha cuidado, o chinês está vindo cada vez mais para cá e quer trazer o Brasil para exercer o sharp power”.
Questão da desdollarização
O docente discute também a questão da desdollarização, tema que se tornou relevante nas discussões dos BRICS. Ele constata que, ao contrário da Rússia e da China, que avançam nessa direção por meio da compra de ouro, o Brasil se manifestou publicamente sobre o tema.
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Fonte por: CNN Brasil