O júri inicia a deliberação sobre o veredicto do rapper Diddy nesta segunda-feira

Eles precisam chegar a um acordo coletivo sobre o julgamento de cada uma das cinco acusações: conspiração para extorsão, tráfico sexual por meio de forç…

30/06/2025 15:13

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O júri inicia a deliberação sobre o veredicto do rapper Diddy nesta segunda-feira
(Imagem de reprodução da internet).

Júri delibera no julgamento de Sean “Diddy” Combs

O júri no julgamento de Sean “Diddy” Combs iniciou a deliberação nesta segunda-feira (30) para determinar se o empresário da música construiu uma rede criminosa de décadas, na qual ele supostamente forçava mulheres a ter relações sexuais com terceiros enquanto estavam sob o efeito de drogas.

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Oito homens e quatro mulheres compõem o júri, que foi instruído por mais de duas horas pelo juiz Arun Subramanian sobre a aplicação da lei às provas apresentadas pela acusação. Eles precisam chegar a um veredicto unânime sobre cada uma das cinco acusações que o levaram ao tribunal: conspiração para extorsão, tráfico sexual por força, fraude ou coerção, e transporte para fins de prostituição (as duas últimas acusações são semelhantes para duas vítimas).

O júri analisará os depoimentos de 34 testemunhas, além de milhares de registros telefônicos, financeiros e de e-mail. Combs, de 55 anos, pode receber pena de prisão perpétua caso seja considerado culpado.

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Defesa e Acusação apresentam seus argumentos

A defesa ressaltou que as mulheres que atualmente o acusam, que participaram de orgias sexuais com profissionais do sexo pagas e organizadas pelo magnata, eram adultas e tomaram suas próprias decisões. Duas das denunciantes – a cantora Cassandra “Cassie” Ventura e outra ex-parceira que testemunhou sob um pseudônimo – tiveram relacionamentos de longa data com o fundador da Bad Boy Records. A defesa trabalhou para diminuir sua credibilidade, argumentando que elas fizeram isso por dinheiro e prazer, e negou a acusação mais grave, a de extorsão.

A acusação, que no sistema americano é o promotor, disse que Combs se sentia “intocável” devido à sua posição privilegiada de poder. Nas alegações finais, o promotor afirmou na sexta-feira que, quando Combs cometeu os crimes mais evidentes, “ele estava tão longe do limite que nem conseguia enxergá-lo”.

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Combs se defende e a defesa apresenta seu posicionamento

O réu nunca imaginou que as mulheres que ele agrediu teriam a coragem de revelar o que ele fizera a elas. “Isso termina aqui”, afirmou ele. “O réu não é um deus”, concluiu. No entanto, seu advogado o descreveu como um “empresário negro bem-sucedido e autodidata” e, embora tenha admitido que os relacionamentos românticos do artista com suas ex-parceiras eram “complicados” e que havia violência doméstica envolvida, ele não é acusado por isso. O advogado enfatizou que o sexo foi consensual, apesar de pouco ortodoxo.

Combs não compareceu ao depoimento, pois não é obrigado a fazê-lo. A defesa também não apresentou testemunhas, o que é comum em julgamentos criminais, já que a acusação tem o ônus de provar a culpa do réu.

Publicado por Luisa Cardoso com informações da AFP.

Fonte por: Jovem Pan

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.