Antigo presidente argentino permanecerá em seu apartamento em Buenos Aires e utilizará monitoramento eletrônico.
O Tribunal Federal Oral 2 da Argentina determinou nesta terça-feira (17.jun.2025) que a ex-presidente Cristina Kirchner (Partido Justicialista, esquerda) cumpra sua pena de 6 anos em regime de prisão domiciliar. Na prática, Kirchner já está presa, considerando que a ordem foi emitida enquanto ela se encontrava em seu apartamento no bairro Constituição, na capital Buenos Aires. Ela possuía até quarta-feira (18.jun) para se render à Justiça.
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A ex-presidente utilizará tornozeleira eletrônica e um dispositivo de monitoramento eletrônico será instalado no apartamento, situado na rua San José 1.111. De acordo com o Clarín, Kirchner deverá cumprir três regras para que o benefício da prisão domiciliar seja mantido.
Os promotores afirmaram que, se necessário, deveriam estabelecer normas sérias e concretas para assegurar o acompanhamento eficaz da aplicação da pena e a segurança de Kirchner.
Após o decreto de prisão domiciliar, Juan Grabois — aliado da ex-presidente — assegurou a manutenção da manifestação prevista para quarta-feira (18.jun). O evento visava acompanhar Cristina Kirchner até o local onde ela deveria se entregar ao Ministério Público.
A ação de solidariedade com Cristina e em defesa dos direitos políticos humanos, econômicos, sociais e culturais dos argentinos não foi suspensa por nenhuma causa, disseram o que disserem os jornais, o Poder Judiciário, a polícia, os bombardeiros ou os líderes.
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Apoadores se manifestaram na segunda-feira (16 de jun) em frente ao imóvel onde Kirchner está detida.
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A Suprema Corte de Justiça da Argentina, em 10 de junho, ordenou a prisão da ex-presidente após rejeitar por unanimidade um recurso contra sua condenação a 6 anos de prisão por desvio de dinheiro público.
Há suspeitas de desvio de recursos públicos para licitações vencidas por um amigo e sócio da família Kirchner, destinados à construção de estradas na Patagônia. Diversas dessas obras nunca foram finalizadas ou canceladas.
O esquema fraudulento resultou em perdas estimadas em US$ 1 bilhão nos cofres públicos argentinos, conforme a acusação. O Ministério Público apresentou como evidência o aumento patrimonial do empresário Lázaro Báez, que obteve vitória em 51 licitações. O patrimônio pessoal de Báez cresceu 12.000% entre 2004 e 2015, enquanto sua empresa registrou um crescimento de 46.000% no mesmo período.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.