A operação militar de Israel em Gaza enfrenta crescente contestação internacional e interna em razão da intensificação da crise humanitária na região. A situação piorou após o país perder o controle sobre os danos colaterais à população civil, resultando em um número expressivo de mortes e dificuldades no fornecimento de alimentos para as famílias locais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Paulo Filho, especialista em Ciências Militares, ressalta que Israel “perdeu completamente a legitimidade da operação perante a maior parte da opinião pública internacional”.
O especialista também menciona as manifestações ocorridas no último fim de semana em Israel, onde a população exigiu mudanças na condução do conflito e priorização do acordo para libertação dos reféns, estimados em 20 pessoas ainda com vida.
LEIA TAMBÉM!
A operação militar em Gaza prossegue.
O assedio à cidade de Gaza, com cerca de um milhão de habitantes, constitui um desafio logístico e estratégico considerável. A operação envolve aproximadamente 60 mil soldados mobilizados, organizados em cinco divisões do exército, que devem conduzir uma complexa tarefa de invasão domiciliar e por quarteirões.
O general Zamir, responsável pelo Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, manifestou diversas objeções à operação, que foram divulgadas. Mesmo com sua experiência em operações militares, suas preocupações não foram levadas em conta na decisão final, e ele agora deve planejar a ação militar conforme as ordens recebidas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O especialista enfatiza que a estratégia israelense atual parece concentrada exclusivamente no emprego do poder militar, sem contemplar outras modalidades de resolução do conflito. “Para quem só tem um martelo, todo problema é prego”, analisa Paulo Filho, indicando que outras alternativas de solução foram desconsideradas em favor da abordagem bélica.
Fonte por: CNN Brasil