Emissários da União Europeia conversaram com representantes iranianos nesta sexta-feira; Estados Unidos avaliarão a possibilidade de um ataque ao país nas próximas duas semanas.
O Irã declarou nesta sexta-feira (20.jun.2025) que não negociará sobre seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque por Israel . A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores Abbas Araqchi em discurso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra (Suíça).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Araqchi viajou à cidade por convite de países europeus para participar de uma rodada diplomática com representantes da Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia. O encontro visou restabelecer o diásobre o programa nuclear iraniano.
O ministro iraniano também declarou que não há espaço para negociações com os EUA “até que a agressão israelense cesse”. Na quinta-feira (19.jun), a Casa Branca informou que decidirá se atacará o país persa nas “próximas duas semanas”.
O diplomata do Irã denunciou, em pronunciamento à ONU, que Israel praticou crimes de guerra ao realizar uma agressão “não provocada e injustificada”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o conflito pode “desencadear um incêndio que ninguém pode controlar” e solicitou a todas as partes que “dêem uma chance à paz”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Irã faz parte do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, ao contrário de Israel. O governo iraniano não confirma nem nega possuir armas nucleares.
Washington e Teerã negociavam um novo acordo nuclear para substituir o que o presidente Donald Trump (Partido Republicano) cancelou unilateralmente em 2018, durante seu primeiro governo.
O acordo inicial permitia que a Irã mantivesse até 300 kg de urânio enriquecido com uma pureza máxima de 3,67%, um limite considerado apropriado para uso civil.
A escalada das tensões ocorreu após uma sequência de ataques israelenses contra alvos militares e nucleares no Irã. O confronto iniciou na noite de 13 de junho, às 3h do horário local – equivalente a 21h de 12 de junho em Brasília.
O Estado israelense considerou ser uma medida preventiva, visando evitar a ameaça nuclear. Alegou que o Irã estaria a enriquecer urânio para desenvolver seu armamento atômico.
Após os ataques, o aiatolá Ali Khamenei declarou que Israel terá “um destino amargo e doloroso”. Em retaliação, Teerã lançou mísseis e drones contra território israelense.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.