Uma comitiva do Hamas está a caminho do Cairo, no Egito, para tratar das negociações de um cessar-fogo, de acordo com três fontes do grupo palestino.
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Este encontro ocorre como parte de um novo esforço para um acordo que possa finalizar o conflito na Faixa de Gaza, que já persiste há quase dois anos.
O convite para as discussões surgiu de autoridades de inteligência egípcias, de acordo com uma das fontes.
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A chegada da delegação ao Cairo acontece após o enviado dos EUA, Steve Witkoff, se reunir com autoridades do Catar na Espanha no fim de semana para discutir a possibilidade de um acordo abrangente que assegure a libertação dos 50 reféns restantes, finalize a guerra e resolva a situação humanitária em Gaza, de acordo com fontes.
Um israelense com conhecimento das rodadas anteriores de negociações não quis comentar sobre a reunião.
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A última discussão encerrou-se em 24 de julho, quando os Estados Unidos retiraram a equipe de negociação da capital Doha e acusaram o Hamas de não “agir de boa-fé”, segundo Witkoff na época.
A saída repentina dos EUA, seguida pela de Israel, minou as perspectivas de um acordo de cessar-fogo, apesar do otimismo demonstrado pelas equipes de negociação.
Compreenda o conflito em Gaza.
A guerra na Faixa de Gaza iniciou-se em 7 de outubro de 2023, após o Hamas realizar um ataque terrorista contra Israel.
Mil e duzentos indivíduos do grupo extremista palestino assassinaram e sequestraram 251 reféns naquele dia.
As forças israelenses lançaram uma grande operação, com ataques aéreos e terrestres, buscando resgatar os reféns e neutralizar o comando do Hamas.
Os confrontos ocasionaram a destruição do território palestino e o deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, correspondendo a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, conforme dados da UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados Palestinos).
Desde o início do conflito, pelo menos 61 mil palestinos faleceram, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
O Ministério, sob controle do Hamas, não diferencia entre civis e combatentes na contagem, mas declara que mais de 50% dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 10 mil são combatentes do grupo radical.
Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, e outra parte foi recuperada através das ações militares.
Aguardam-se, segundo estimativas, cerca de 50 reféns em Gaza, dos quais aproximadamente 20 poderiam estar vivos.
Com a guerra em curso, a situação humanitária piora continuamente no território palestino. A ONU relata que mais de mil pessoas morreram ao tentar obter alimentos, desde maio, quando Israel alterou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.
Diários relatos de mortes por inanição surgem devido à fome generalizada na Faixa de Gaza, causada pela ausência de assistência.
Israel alega que a guerra cessará quando o Hamas se rendera, e o grupo extremista exige aprimoramento da situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.
Fonte por: CNN Brasil