O ministro do gabinete político do Hamas, Suhail al-Hindi, afirmou na terça-feira (9) que a direção superior do grupo sobreviveu a um ataque israelense em Doha, em entrevista à Al Jazeera TV.
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Afirmamos que a liderança do movimento (Hamas), abençoada seja Deus, sobreviveu a essa tentativa covarde, e que a liderança do movimento agora desfruta de excelente saúde, graças a Deus Todo-Poderoso, e Deus Todo-Poderoso respondeu à conspiração desses criminosos.
O filho do líder exilado do Hamas em Gaza, Khalil al-Hayya, faleceu no ataque. O grupo militante palestino afirmou, posteriormente, que cinco de seus integrantes morreram no ataque.
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Ataque israelense
O ataque demorou meses para ser planejado, contudo, foi intensificado nas últimas semanas.
O ataque visava edifícios residenciais que hospedavam diversos membros do governo do Hamas em Doha, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari.
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O representante descreveu a operação como um “ato criminoso” que representa uma “violação grave das leis e normas internacionais”.
O Catar é um parceiro fundamental de segurança dos Estados Unidos, com a sede da maior instalação militar americana na região, a Base Aérea de Al-Udeid.
O país atuou como mediador ao lado do Egito nas negociações para um cessar-fogo na guerra de quase dois anos em Gaza.
O ataque certamente representará um revés grave, senão fatal, para os esforços de cessar-fogo, considerando que as negociações têm ocorrido com frequência no Catar.
Reação israelense
O primeiro-ministro israelense, Benajmin Netanyahu, classificou o ataque como uma ação de pacificação.
O governo do primeiro-ministro declarou previamente que o ataque foi uma operação totalmente independente de Israel.
A assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo recebeu informações sobre a ofensiva e que o presidente Donald Trump dialogou com Netanyahu e os catários após o ataque.
Ela declarou que o ataque “não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos”, porém não se manifestou para condenar as ações.
Fonte por: CNN Brasil