O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, declarou que o julgamento da tentativa de golpe de Estado de 2022 introduz “algum grau de tensão no País”, enfatizando a necessidade de avaliar a denúncia da Procuradoria-Geral da República.
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A votação ocorrerá na Primeira Turma da Corte, da qual fazem parte os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Carmen Lúcia e Luiz Fux.
O julgamento começará em 2 de setembro pelo chamado núcleo crucial, do qual fazem parte o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus.
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Barroso comentou sobre o assunto após receber a medalha Raymundo Faoro, concedida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
“Vivenciamos esse momento tenso, inevitável, dos julgamentos do 8 de janeiro e dos julgamentos do que, segundo a denúncia do procurador-geral da República, teria sido uma tentativa de golpe de Estado”. É evidente que esses episódios trazem algum grau de tensão para o país, porque o ex-presidente, que agora responde ao processo, teve 49% dos votos. Há uma quantidade de pessoas relevante que tem simpatia, afinidade, que o apoiaram. Portanto, é um momento delicado.”
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O ministro declarou que é imprescindível o julgamento, visto que o Brasil necessita interromper a prática de considerar legítimo e aceitável o descumprimento da legalidade constitucional devido à insatisfação com o resultado das eleições.
Se houver prova, o resultado é um. Se não houver prova, o resultado é outro. Com o devido processo legal, com as sessões sendo públicas, com a presença da imprensa e com advogados qualificados defendendo a parte.
Além de Bolsonaro, integram o núcleo crucial da trama golpista, segundo a denúncia da PGR:
Fonte por: Carta Capital