O “grau de tensão” para o julgamento da tentativa de golpe, segundo Barroso

A avaliação da denúncia contra o cerne da trama golpista iniciará em 2 de setembro, na Primeira Turma do STF.

25/08/2025 21:00

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, declarou que o julgamento da tentativa de golpe de Estado de 2022 introduz “algum grau de tensão no País”, enfatizando a necessidade de avaliar a denúncia da Procuradoria-Geral da República.

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A votação ocorrerá na Primeira Turma da Corte, da qual fazem parte os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Carmen Lúcia e Luiz Fux.

O julgamento começará em 2 de setembro pelo chamado núcleo crucial, do qual fazem parte o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus.

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Barroso comentou sobre o assunto após receber a medalha Raymundo Faoro, concedida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

“Vivenciamos esse momento tenso, inevitável, dos julgamentos do 8 de janeiro e dos julgamentos do que, segundo a denúncia do procurador-geral da República, teria sido uma tentativa de golpe de Estado”. É evidente que esses episódios trazem algum grau de tensão para o país, porque o ex-presidente, que agora responde ao processo, teve 49% dos votos. Há uma quantidade de pessoas relevante que tem simpatia, afinidade, que o apoiaram. Portanto, é um momento delicado.”

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O ministro declarou que é imprescindível o julgamento, visto que o Brasil necessita interromper a prática de considerar legítimo e aceitável o descumprimento da legalidade constitucional devido à insatisfação com o resultado das eleições.

Se houver prova, o resultado é um. Se não houver prova, o resultado é outro. Com o devido processo legal, com as sessões sendo públicas, com a presença da imprensa e com advogados qualificados defendendo a parte.

Além de Bolsonaro, integram o núcleo crucial da trama golpista, segundo a denúncia da PGR:

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.