O governo israelense afirma ter direcionado o navio que transportava ativistas que se dirigiam a Gaza para alterar sua rota

Greta Thunberg, ativista sueca, e Rima Hassan, deputada francesa no Parlamento Europeu, compõem o grupo de passageiros.

08/06/2025 22:31

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O governo israelense afirma ter direcionado o navio que transportava ativistas que se dirigiam a Gaza para alterar sua rota

O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que a Marinha israelense está se comunicando com o navio de caridade Madleen, da Coalizão da Flotilha da Liberdade, com destino a Gaza, instruindo-o a alterar o curso ao se aproximar de uma área restrita.

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O ministério classificou o navio como “iate de selfies” em uma publicação no X.

A Coalizão da Flotilha Livre (FFC), movimento popular que se opõe às forças israelenses em Gaza, declarou que um navio com voluntários estava tentando alcançar a Faixa de Gaza.

O iate Madleen, sob bandeira britânica e operado pela FFC, de caráter pró-palestino, zarpou da Sicília em 6 de junho com previsão de chegada a Gaza no mesmo dia.

A ativista climática sueca Greta Thunberg e Rima Hassan, deputada francesa no Parlamento Europeu, viajam a bordo do navio.

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O exército israelense não emitiu declarações sobre o ocorrido.

Antes da declaração da FFC, o Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou um vídeo na X, exibindo a Marinha israelense se comunicando com o Madleen por meio de alto-falante, solicitando que alterasse o curso.

A área marítima próxima à costa de Gaza encontra-se fechada para o tráfego naval, em virtude de um bloqueio naval autorizado. Se pretende entregar assistência humanitária à Faixa de Gaza, pode fazê-lo através do porto (israelense) de Ashdod.

O navio de luxo, com uma equipe de 12 pessoas, transportava uma remessa modesta de assistência humanitária, compreendendo arroz e leite em pó para bebês.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou no domingo que o exército impedisse o Madleen de chegar a Gaza, considerando a missão um esforço de propaganda em apoio ao Hamas.

Israel implementou um bloqueio marítimo à faixa de Gaza após o Hamas tomar o poder em Gaza em 2007.

O bloqueio persiste, mesmo com vários conflitos, incluindo a guerra em curso, iniciada após um ataque conduzido pelo Hamas em Israel, no sul do país, em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.200 indivíduos, conforme dados israelenses.

O Ministério da Saúde de Gaza relata que ultrapassaram os 54 mil mortos desde o início da operação militar israelense. A ONU adverte que a maioria dos mais de 2 milhões de habitantes de Gaza está sofrendo de fome.

O governo israelense afirma que o bloqueio é fundamental para impedir que armas sejam entregues ao Hamas.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.