O governo deve extinguir o Imposto sobre Operações Financeiras incidente sobre risco de mercado e manter sua aplicação em incentivos fiscais ao crédito
Haddad se reuniu na segunda-feira (2.jun) com Motta, Alcolumbre e líderes; Lula será informado antes de viajar para a Europa.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá considerar a derrubada do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre o risco decorrente.
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O Poder360 constatou que o aumento do imposto sobre cartões de crédito internacionais deverá ser mantido, pelo menos até 2025. Haddad deve seguir a orientação de Motta e compensar a perda de arrecadação com ações estruturais, com resultados visíveis a partir de 2026, principalmente através da revisão e da extinção de alguns benefícios fiscais.
Adicionalmente, outra medida analisada e com impacto direto nas finanças públicas é a diminuição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. O investimento da União no Fundeb será de R$ 58,8 bilhões em 2025, representando um aumento de 18,3% em relação a 2024. O objetivo é controlar esse crescimento.
Haddad se encontrou na noite de segunda-feira (3.jun.2025) com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para tratar do impasse gerado pelo decreto que aumentou o IOF.
Deputados federais ameaçam votar um PL (Projeto de Lei) para anular o decreto caso nenhuma ação seja implementada pelo Executivo.
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José Guimarães (PT-CE) e Jacques Wagner (PT-BA), líderes do governo nas casas legislativas, também estiveram presentes. Fernando Haddad chegou à residência oficial da Câmara às 19h33 e saiu por volta das 22h40.
Às 23h05, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chegou à reunião e se ausentou cerca de uma hora depois.
Ninguém quis falar com jornalistas na saída do encontro.
A equipe econômica do governo pretende alertar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de sua viagem à França. Lula embarca às 20h desta 3ª feira (4.jun). Conforme apurado por este jornal digital, nenhuma decisão será tomada sem a aprovação do chefe do Executivo.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem sido a figura central nesse processo de redução, ainda que parcial, do IOF. Ele tem sido ouvido com frequência por Lula, Alcolumbre, Motta e operadores do mercado financeiro.
O Galípolo defende a remoção de trechos do decreto do IOF e o anúncio definitivo de ações estruturais. O planejamento de longo prazo se beneficiaria com a eliminação de subsídios ou a análise de formas de desconectar os gastos com saúde e educação, que possuem um piso salarial estabelecido na Constituição.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.