Aprovado pelo Cade em 17 de junho, o acordo de compra permanece sob análise do BC.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reuniu-se com o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o CEO, Augusto Ferreira Lima, para discutir o processo de venda desta instituição financeira privada ao BRB (Banco de Brasília).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O encontro teve lugar pela manhã deste sábado (19) e foi anotado no registro oficial da Galpão.
Além disso, estiveram presentes Ailton de Aquino Santos, diretor de fiscalização do Banco Central, e Gilneu Francisco Astolfi, diretor de regulação da instituição.
A aprovação da compra de uma participação na Master pelo BRB ocorreu em 17 de junho, ainda aguardando análise do Banco Central.
O Banco Brasília, instituição vinculada ao governo do Distrito Federal, anunciou uma oferta de compra de uma participação relevante no Banco Master, em 28 de março.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O negócio, marcado por controvérsias, teve um valor estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões. A operação é questionada e suscitou suspeitas de interferência política.
O banco adquirido possui porte médio e apresentou crescimento exponencial nos últimos anos, porém, é visto com ressalvas no mercado financeiro.
Uma parcela considerável do patrimônio que assegurava a solidez do Banco Master consistia em precatórios (títulos de decisões judiciais contra órgãos governamentais), que apresentam incerteza quanto ao recebimento.
A estratégia de crescimento incluiu a oferta de Certificados de Depósito Bancário que proporcionavam aos investidores taxas significativamente superiores às da concorrência, chegando a 140% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, uma taxa de referência nas operações entre bancos).
O banco comercializava os CDBs com base no fato de estarem assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC, uma instituição privada mantida por contribuições de todos os bancos).
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, desmentiu que a aquisição de uma fatia do Banco Master tenha sido motivada por interferências políticas na instituição financeira. Ele afirmou que a análise para a proposta foi técnica e alinhada com a estratégia de expansão do banco do governo distrital.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.