O Galípolo afirma que o Banco Central não pretende flexibilizar o cumprimento da meta de inflação
O objetivo estabelecido pelo Comitê Monetário Nacional é de 3%, permitindo uma variação de até 1,5 ponto, em qualquer direção.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, desmentiu nesta quarta-feira (9) que a autoridade monetária está flexibilizando o cumprimento da meta de inflação, afirmando que a autoridade monetária não pode ser “leniente”.
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Banco Central não buscará alternativas. Banco Central não flexibilizará a condução da meta. Esta é uma diretriz do BC e o BC não se desviará minimamente dela, afirmou durante sua participação na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
Galípolo declarou, ao participar da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que o intervalo de tolerância da meta foi estabelecido para lidar com oscilações.
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A meta não é uma sugestão da autoridade monetária. A meta decorre de um decreto. A meta é 3%. A meta não é 3%, com um e meio para cima ou para baixo, no sentido de que eu posso perseguir a meta de maneira leniente, aquela coisa de que pedi 3%, mas não precisa se esforçar muito, pode ir para 4,5% e tá tudo bem. A banda da meta foi criada para você absorver choques.
A meta de inflação estabelecida pelo Comitê Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com uma variação de tolerância de 1,5 ponto percentual, em qualquer direção.
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O governador do Banco Central deve informar o ministro da Fazenda quando a autoridade monetária não alcança a meta ou se mantém fora da faixa de tolerância por seis meses. Em janeiro, Galícia já redigiu uma carta sobre o não cumprimento da meta. Na ocasião, a inflação encerrou o ano de 2024 em 4,83%.
A Vale já reconhece que deverá enviar uma segunda carta em relação ao descumprimento da meta em 2025 para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Não me cabe interpretar ou flexibilizar qualquer tipo de comando legal. O papel do Banco Central é, a partir da definição de uma meta, colocar a taxa de juros no patamar restritivo suficiente pelo tempo necessário para atingir aquela meta dentro do horizonte relevante, afirmou.
Banco Central emprega a taxa básica de juros para estimular ou conter a atividade econômica e assegurar que a inflação se mantenha em um nível adequado para cidadãos e investidores no Brasil.
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o conselho aumentou a taxa Selic para 15% ao ano. Trata-se do nível mais alto para as taxas de juros fundamentais do país desde maio de 2006, quando era de 15,25%.
Caso os parâmetros observados pelo BC se confirmem, o Copom prevê o encerramento do ciclo de alta dos juros na reunião de julho, com o objetivo de analisar os impactos e avaliar se o nível atual da taxa de juros é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.