O G7 pode facilitar acordos comerciais após as tarifas impostas pelos EUA

Nações do bloco acordam termos para evitar tarifas impostas por Trump em abril; Reino Unido já formalizou acordo.

15/06/2025 6:13

3 min de leitura

O G7 pode facilitar acordos comerciais após as tarifas impostas pelos EUA
(Imagem de reprodução da internet).

A 51ª Cúpula do G7 iniciará-se neste domingo (15.jun.2025) na Kananaskis, região da província de Alberta, no Canadá. O evento de três dias reunirá os chefes de governo dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A liderança atual oferece uma chance para os países progredirem em acordos comerciais com os Estados Unidos, buscando contornar a tarifa imposta pelo presidente Donald Trump em 2 de abril. As alíquotas permanecem suspensas até 9 de julho.

O Reino Unido é o único do grupo que já estabeleceu um acordo com os EUA. A assinatura ocorreu em 8 de maio, porém manteve a alíquota de 10% sobre as exportações britânicas. Já a taxa do país de Keir Starmer (Partido Trabalhista, centro-esquerda) sobre produtos norte-americanos foi diminuída de 5,1% para 1,8%.

Leia também:

Alemanha, França e Itália negociam sob a União Europeia, também representada nas reuniões do G7. O bloco já realizou mais de uma rodada de negociações com a Casa Branca, assim como Japão e Canadá, mas é o mais distante de uma solução. Trump aplicou taxa de 39% sobre a UE.

Os países do G7 ocupam entre as dez maiores parcerias comerciais dos Estados Unidos, em âmbito europeu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Japão e Canadá avançam em negociações com Washington, atingindo um cenário otimista. Ryosei Akazawa, o principal negociador japonês, afirmou na sexta-feira (13.jun) que a sexta rodada de conversas na capital americana será positiva.

Trump e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba (Liberal Democrata, direita), devem se reunir em lados da reunião do G7 no Canadá. Akazawa não quis comentar sobre as perspectivas de um acordo ser concretizado na bilateral, mas declarou que os termos dependem da concordância dos dois líderes.

EUA e Canadá seguem avançando nas negociações. As tarifas de 25% implementadas pelo governo Trump sobre o Canadá foram divulgadas antes da taxa de abril, relacionada à suposta falta de ação canadense no controle da entrada de fentanil na fronteira, impactando as exportações que não estão incluídas no acordo comercial USMCA.

A relação entre os países evoluiu positivamente após a saída de Justin Trudeau (Partido Trabalhista, centro-esquerda). A eleição de Mark Carney (mesmo partido) impulsionou as negociações. Carney foi recebido por Trump na Casa Branca em 6 de maio e consolidou a paz com o republicano. Atualmente, ele é o anfitrião do G7 e pode reciprocamente a cortesia.

O canal canadense CBC divulgou na quarta-feira (11.jun) que os dois países trocaram documentos com detalhes sobre o acordo comercial para diminuir as tarifas mútuas. Não se espera um anúncio durante a cúpula em Kananaskis.

O Canadá manifestou disposição para participar do projeto de defesa aérea norte-americano Golden Dome, expandindo a infraestrutura militar no Ártico e atendendo à diretriz da OTAN de aumentar os investimentos em defesa para 2% do Produto Interno Bruto.

Os países que integram o G7 são Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

A Cúpula do G7 de 2025 representa a maior mudança na composição do grupo. Trump retorna às reuniões do fórum após seu retorno à Casa Branca para seu segundo mandato. Líderes de outros quatro países estreiam no fórum. Apenas a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni ( Irmãos da Itália, direita), e o presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), permanecem nos cargos em relação ao encontro de 2024.

O país sede é responsável por enviar os convites aos líderes de outras nações para a reunião. Lula foi convidado pelo governo canadense e representará o Brasil. O petista participou de 8 encontros do G7 (G8 até 2014) durante seus 3 mandatos. Não foi convidado em 2004 e nem em 2010.

Além de Lula, participaram da cúpula no Canadá os chefes de governo de África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia, México e Ucrânia.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.