A taxa Selic deverá iniciar a queda em dezembro deste ano ou janeiro de 2024, e prosseguir em trajetória descendente ao longo do próximo ano, avalia André Esteves, sócio controlador do BTG Pactual, nesta quarta-feira (13).
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O banqueiro declarou, no Agroforum, evento do banco para profissionais e investidores do setor, que a alta taxa de juros no Brasil se deve a uma falta de coordenação entre a política fiscal e monetária do país.
Em meados de julho, o Banco Central manteve a taxa Selic em 15%, o que colocou o país em segundo lugar no ranking de juros reais mais altos do mundo.
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Para Esteves, o monetário está muito restritivo; o fiscal, muito flexível.
A analogia que prefiro é: [o Brasil] é um carro em que uma pessoa está pisando no acelerador; a outra, no freio. O carro não é funcional, afirmou.
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Isso eleva artificialmente a taxa de juros reais no Brasil, prejudicando todos os bancos. “Existe um falso dilema de que juros altos são positivos para as instituições financeiras. Não é verdade. Isso é negativo para todos”, argumenta.
A boa notícia, na visão do executivo, é a perspectiva da queda da taxa.
Ele afirmou que o Banco Central tem realizado um bom trabalho no combate à inflação, e que as expectativas para o próximo ano têm diminuído semanalmente. Como a política monetária da autoridade se baseia em previsões de 2026 e 2027, “parece que estamos vencendo a batalha”, disse Esteves.
O Banco Central demonstra sua independência, pelo menos no âmbito monetário, o que considero positivo e está produzindo resultados.
Fonte por: CNN Brasil