O especialista André Esteves antecipa que a taxa de juros poderá iniciar uma trajetória de queda a partir de dezembro ou janeiro
Em um evento do BTG Pactual, um banqueiro declarou observar um bom desempenho do Banco Central, e prever que a taxa Selic deve diminuir ao longo de 2026.
A taxa Selic deverá iniciar a queda em dezembro deste ano ou janeiro de 2024, e prosseguir em trajetória descendente ao longo do próximo ano, avalia André Esteves, sócio controlador do BTG Pactual, nesta quarta-feira (13).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O banqueiro declarou, no Agroforum, evento do banco para profissionais e investidores do setor, que a alta taxa de juros no Brasil se deve a uma falta de coordenação entre a política fiscal e monetária do país.
Em meados de julho, o Banco Central manteve a taxa Selic em 15%, o que colocou o país em segundo lugar no ranking de juros reais mais altos do mundo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Para Esteves, o monetário está muito restritivo; o fiscal, muito flexível.
A analogia que prefiro é: [o Brasil] é um carro em que uma pessoa está pisando no acelerador; a outra, no freio. O carro não é funcional, afirmou.
Leia também:
União Europeia e China avançam em diálogo sobre controle de exportação após reunião em Bruxelas
Sanae Takaichi reafirma compromisso com acordo de investimentos de US$ 550 bilhões com os EUA
Aneel Define Bandeira Tarifária Vermelha Patamar 1 para Novembro com Adicional de R$ 4,46
Isso eleva artificialmente a taxa de juros reais no Brasil, prejudicando todos os bancos. “Existe um falso dilema de que juros altos são positivos para as instituições financeiras. Não é verdade. Isso é negativo para todos”, argumenta.
A boa notícia, na visão do executivo, é a perspectiva da queda da taxa.
Ele afirmou que o Banco Central tem realizado um bom trabalho no combate à inflação, e que as expectativas para o próximo ano têm diminuído semanalmente. Como a política monetária da autoridade se baseia em previsões de 2026 e 2027, “parece que estamos vencendo a batalha”, disse Esteves.
O Banco Central demonstra sua independência, pelo menos no âmbito monetário, o que considero positivo e está produzindo resultados.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.












