A moeda norte-americana fechou a sessão desta segunda-feira (30) a R$ 5,43 e encerra o mês de junho com desvalorização de 4,99%, enquanto o índice da B3…
O dólar apresentou queda consistente na sessão de 30 de junho, fechando em torno de R$ 5,43, no menor patamar desde setembro de 2023. Após valorizar 27,34% em relação ao real em 2024, o dólar encerra o primeiro semestre com perdas de 12,07%. O dia foi caracterizado por uma nova onda de enfraquecimento global da moeda americana e pela redução das taxas dos títulos do Tesouro, devido à crescente expectativa de que o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) possa realizar cortes nas taxas de juros ainda este ano. Essa expectativa ocorre em meio à forte pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o banco central.
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Moedas de países em desenvolvimento também se beneficiaram do aumento da disposição ao risco, com indícios de que os Estados Unidos podem firmar acordos comerciais com parceiros importantes antes de 9 de julho, data que marcaria o retorno das tarifas mútuas anunciadas por Trump em 2 de abril, no chamado “Dia da Libertação”. As negociações com o Canadá, que ficaram interrompidas, serão retomadas após o país revogar impostos a empresas de tecnologia dos EUA.
Com mínima a R$ 5,4247 à tarde, o dólar à vista fechou o dia em queda de 0,89%, a R$ 5,4341 – o menor valor de fechamento desde 19 de setembro (R$ 5,4242). A moeda concluiu a semana com desvalorização de 4,99%, a maior perda mensal desde janeiro (-5,56%). O real apresentou nesta segunda o melhor desempenho entre as moedas globais mais líquidas, seguido de perto pelo peso chileno. A sessão foi marcada pela rolagem de posições no segmento futuro e pela disputa na formação da última taxa de Ptax não apenas de junho, mas também do segundo trimestre e do primeiro semestre, o que pode ter intensificado os movimentos no mercado local.
O Índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a seis moedas fortes, registrou uma queda de aproximadamente 0,50% e ultrapassou a marca de 97,000 pontos, atingindo o mínimo de 96,806 pontos. Em junho, o Índice do Dólar fechou com perdas de cerca de 2,6%, resultando em uma desvalorização anual próxima de 11%, o menor nível desde março de 2022.
O Ibovespa registrou um aumento de 1,33% em junho.
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A alta das ações da Petrobras (ON +0,86%, PN +0,54%) impulsionou o Ibovespa, que manteve as máximas da sessão desde o início da tarde de segunda-feira, atingindo 139 mil pontos no melhor momento do dia, 139.102,75 pontos. Ao final, no maior nível de fechamento desde o dia 16, o índice da B3 encerrou em alta de 1,45%, em 138.854,60 pontos, saindo da mínima da sessão em 136.429,87 pontos, onde iniciou em 136.865,19. O volume financeiro foi de R$ 20,5 bilhões nesta última sessão de junho. No mês, o Ibovespa teve valorização de 1,33%.
Assim, prolongou a sequência mensal positiva iniciada em março, com alta de 6,08% – seguida por crescimento de 3,69% em abril e de 1,45% em maio. No segundo trimestre, o Ibovespa acumulou ganho de 6,18%, após alta de 8,29% no total entre janeiro e março. No ano, agora sobe 15,44%.
Foi o melhor primeiro semestre para o Ibovespa desde 2016—no mesmo período de 2024, havia registrado seu pior desempenho no intervalo desde 2020, o ano inicial da pandemia. O melhor desempenho recente era de 14,88% do primeiro semestre de 2019—supereado agora, seis anos depois, mas ainda abaixo dos quase 19% de alta entre janeiro e junho de 2016, quando o Ibovespa avançou 18,87%. A alta de 15% do Ibovespa no primeiro semestre de 2025 foi impulsionada pelo fluxo estrangeiro para o Brasil, com o maior saldo acumulado em três anos.
Nesta segunda-feira, o bom desempenho das ações de bancos – com ganhos acima de 1,5% para as maiores instituições – combinado ao avanço da Petrobras, mais do que compensou o efeito negativo da Vale ON, a principal ação da carteira Ibovespa, que fechou em baixa de 0,66% – a única entre as principais blue chips no campo negativo no fechamento do dia. Na ponta ganhadora, Nervo (+7,60%), Magazine Luiza (+5,91%) e Azzas (+4,70%). No lado oposto, Petz (-1,51%), CSN (-0,80%) e Usiminas (-0,72%).
Com informações do Estadão, publicado por Carolina Ferreira.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.